Noventa e quatro pessoas foram homenageadas com a Medalha de Mérito Desembargador Ruy Gouthier de Vilhena, em cerimônia realizada dia 20 de setembro, no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. A medalha é outorgada a profissionais que prestaram relevantes serviços à Corregedoria-Geral de Justiça e à Justiça de 1ª Instância da capital e interior. O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Herculano Rodrigues, o corregedor-geral de Justiça, desembargador Luiz Audebert Delage Filho, participaram do evento, juntamente com os homenageados, como a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia Rocha, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, e outras autoridades.
Parentes e amigos dos homenageados lotaram o auditório do 1º Tribunal do Júri da capital. Após a condecoração, o público participou de um coquetel de congraçamento e assistiu ao show da cantora Elaine Anunan, acompanhada pelos músicos Cláudio Moraleida (voz e guitarra), Itamar Pacato (baixo) e Pedrinho Moreira (bateria).
Para o corregedor-geral de Justiça, desembargador Audebert Delage, a organização da entrega da medalha é uma árdua, mas gratificante missão. “Árdua, porque são inúmeros aqueles que, nos 65 anos da Corregedoria, prestaram relevantes contribuições, tornando difícil a escolha dos agraciados e propiciando o perigoso risco do esquecimento. Porém, gratificante, pois reconhecer o contributo dessas pessoas e prestar as devidas homenagens constitui uma das tarefas mais agradáveis e justas”, destacou.
O presidente do TJMG, desembargador Herculano Rodrigues, iniciou o discurso questionando o que se poderia ser acrescido à felicidade de um servidor público que consegue fazer de sua atividade profissional fonte de realização e entusiasmo. “Talvez, esse acréscimo possa ser traduzido em uma palavra: reconhecimento. E o sentido desse reconhecimento está muito além do ato solene, da celebração e dos cumprimentos, que também são importantes. Porém, o significado maior é a validação de uma trajetória profissional, um sinal de que as ações são dignas de mérito e, dessa forma, precisam ser destacadas, para servirem como exemplos”, concluiu.
A comenda é entregue anualmente a magistrados, servidores do foro judicial e do extrajudicial de seis regiões do Estado de Minas Gerais, além de pessoas que tenham prestado relevantes serviços à Justiça. O ministro Carlos Alberto Reis de Paula ressaltou que a Medalha Ruy Gouthier de Vilhena é o encontro da sociedade com a Corregedoria-Geral de Justiça. Ele exaltou a missão da corregedoria desempenhada pelos servidores do judicial e do extrajudicial que, segundo ele, são os que fazem o diálogo com a população e moldam a imagem do Judiciário. “Existimos para servir a sociedade. Continuem na busca e afirmação desse diálogo porque efetivamente essa é a nossa grande missão. O Estado justo só se constrói à medida que tivermos o compromisso definitivo de buscar aquilo que pode dar a melhor resposta aos interesses individual e coletivo do cidadão”.
Falando em nome dos homenageados, o desembargador do TJMG, Eduardo Andrade, lembrou dos 65 anos da Corregedoria, do desembargador Ruy Gouthier, inspirador da medalha, e das manifestações de rua ocorridas no país em julho deste ano. “É pertinente essa lembrança, na medida em que estão sendo homenageados não apenas magistrados e servidores de todo o Estado, mas também aqueles que, por suas atuações pessoais, contribuem para a prevalência da justiça em sua maior amplitude”, destacou. O magistrado ressaltou que justiça não é apenas o que está de acordo com a lei. “Justo também é o direito de se viver num país onde se privilegie o respeito pela causa pública, o mérito dos cidadãos, a seriedade dos dirigentes e as políticas públicas sérias”, disse.
Para a indicação dos agraciados, foram observados a abnegação, a antiguidade, a dedicação, o dinamismo, a eficiência e o zelo no cumprimento dos deveres funcionais. A medalha foi criada pela Portaria 75, de 25 de novembro de 1986, e é concedida anualmente a título de condecoração. Considerando o fato de que neste ano a CJG/MG completa 65 anos de sua organização, a homenagem também foi outorgada aos ex-juízes corregedores ainda não agraciados. A comissão também conferiu condecorações especiais, por reconhecimento póstumo, àqueles que contribuíram para a melhoria dos trabalhos da Justiça mineira.
Confira a lista de agraciados.