Está em discussão no Congresso o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que prevê que empresas que têm entre 50 e 100 funcionários deverão ter entre seus contratados ao menos um com deficiência. Outro ponto do projeto permite que pessoas com deficiência intelectual ou mental se casem independentemente de autorização judicial ou de tutores.
Sobre isso, a psicóloga Maria Elisa Granchi Fonseca afirma ser contra. "Não basta querer casar para casar. Um par com recursos intelectuais e funcionais limitados, a ponto de precisarem de apoio e supervisão direta, terão consciência plena de estar em um lar, e não somente em uma casa mobiliada?", diz.
A supervisora de atendimentos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) conclui: "Deficientes intelectuais não devem se casar sem autorização e antes que se avalie a severidade de cada caso".
Os deputados federais Romário e Mara Gabrilli (PSDB) assumem posição contrária. Para eles, deficientes intelectuais não precisam de autorização para casar. "Tolher uma pessoa de seu direito de amar é destituí-la da condição humana", escrevem. "Privá-las de exercer (o casamento) só fortalece o preconceito da sociedade".
Deficiente intelectual precisa de autorização para casar?
NÃO - Direito à felicidade (Mara Gabrilli e Romário)
SIM - Não basta querer (Maria Elisa Granchi Fonseca)