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25/07/2019

Recivil: Com ideia simples e barata, registradora civil de Virginópolis mantém a conservação dos livros do cartório

Logo quando assumiu o cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Virginópolis - município localizado na região leste do estado -, em janeiro de 2018, Viviane Christina de Carvalho sentia-se incomodada com os livros velhos, desgastados e soltando partes da capa. Uma restauração feita por um profissional ou por uma empresa não ficaria tão em conta. Conversando com sua mãe, que é costureira, Viviane encontrou uma solução simples, barata e que resolvia o problema: encapar os livros.

“Quando minha mãe era mais nova ela fazia muito isso, encapava livros e usava papelão para ajudar a fixar e deixar a capa mais dura e resistente”, disse. Elas mediram o tamanho dos livros para saber quanto iriam gastar e decidiram usar o tecido Oxford, um tecido mais grosso, que não amarrota e é barato. O metro custa entre 8 e 9 reais, e dá para encapar três livros. Também compraram papelão, cola de tecido e uma cola super-resistente para usar nas extremidades dos livros.

Viviane montou uma mesa para sua mãe no cartório, e na manhã do primeiro dia de trabalho dona Cídia de Andrade Sodré Carvalho já tinha encapado sete livros. “Além de encapar os livros, minha mãe também limpava o miolo, retirando poeira e restos de pó deixados por cupim”, explicou a registradora.

Para facilitar a identificação dos livros, eles foram separados por cores. O livro de nascimento foi encapado com a cor verde, o de óbito com a cor marrom e o C Auxiliar com bege. O livro de casamento ficou com o azul anil e o B Auxiliar com azul claro. Laranja foi a cor escolhida para os livros de editais de casamento e o rosa para o livro E.

Dona Cídia Carvalho levou duas semanas para encapar os mais de 100 livros do cartório

O trabalho começou em janeiro deste ano, no livro 1 do cartório. E em duas semanas, todos os livros da serventia, cerca de 100, já estavam limpos e com capa nova.

O custo de tudo isso? Em torno de 200 reais, além de muita dedicação. Dona Cídia trabalhou de segunda a sexta, das 8h às 18hs, parando somente no horário de almoço.

Para Viviane, o trabalho valeu a pena. “Facilitou muito o dia-a-dia do cartório, porque fica bem mais fácil manusear os livros, que estão bem mais firmes. Além disso, não tem mais aquele pó que saia dos livros. Antes, só de pegar os livros já começávamos a espirrar e agora até isso melhorou. Dá até mais gosto de trabalhar assim”, contou.

Segundo ela, os usuários também aprovaram a mudança. “Sempre as pessoas comentam sobre a mudança dos livros, dizem que ficaram muito bonitos”, disse orgulhosa. Viviane ainda deixou uma dica para os colegas registradores. “O custo benefício de encapar os livros é muito bom. É um serviço barato, que traz uma facilidade enorme no manuseio e na identificação dos livros e ainda contribui com a limpeza do local onde eles ficam armazenados. Vale a pena ser feito”.

Fonte: Recivil


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