Esteve sob a responsabilidade do corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, realizar a palestra magna de abertura do XX Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro. Com base no tema central do evento “Inteligência Artificial: A Era da Tecnologia nos Cartórios Brasileiros”, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) destacou a importância da tecnologia dentro do Poder Judiciário.
“O tema deste Congresso é bastante palpitante e atual. Estamos aqui para traçar caminhos para o serviço extrajudicial brasileiro, para juntos discutir e aprender o verdadeiro caminho dos cartórios”, disse. “Há um consenso, no mundo atual, sobre a importância do desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação para manter e gerar bem-estar social. Alguns autores consideram que estamos passando pela quarta revolução industrial. As aplicações de inteligência artificial terão evidentes consequências no mundo produtivo. Dentro da prática jurídica, podemos identificar cinco áreas que se apresentam como promissoras para as aplicações de inteligência artificial: a descoberta preditiva, a pesquisa jurídica, a geração de documentos, a geração de resumos de casos e descrições e a predição de resultados de ações.”, afirmou Martins.
Apesar de entusiasta da inteligência artificial, o ministro destacou a importância do papel humano nesse processo. Segundo Humberto Martins, não existe inteligência das máquinas sem a inteligência do homem. “O homem é a razão de todas as coisas. Animadas e inanimadas. A inteligência vem do homem. É ele que cria e desenvolve a máquina. Não existe inteligência das máquinas sem a inteligência do homem”, afirmou.
Para concluir sua fala, o ministro Humberto Martins destacou que os cartórios precisam entrar na era da virtualização, mas sem esquecer o papel do homem como condutor desses serviços. “Notários e registradores prestam serviços com segurança jurídica e amor pelo cidadão. Os cartórios precisam entrar para essa era da virtualização, do conhecimento, mas sem esquecer a importância dos delegatários como condutores deste processo”, concluiu Humberto Martins.
Fonte: Anoreg-BR