A expectativa é que a complementação da Circular 569 esteja válida a partir de 31 de agosto e que novos produtos e propostas aumentem o portfolio do setor já em fevereiro do ano que vem
A implementação do marco regulatório para capitalização fomentará a criação de produtos e a venda de novos títulos a partir do primeiro trimestre de 2019. Além disso, a estimativa de melhora do mercado imobiliário também dá fôlego à garantia de aluguel.
De acordo com o diretor executivo da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), Carlos Alberto Corrêa, ainda que os resultados deste ano possam “não alcançar 100%” das projeções, o marco regulatório do setor deve trazer novos impulsos.
“É o que precisamos para dar mais transparência e visibilidade para a capitalização. Isso trará novos produtos para o nosso portfolio”, diz.
Acabou, na última quinta-feira, o prazo da consulta pública criada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). A expectativa é que a complementação da Circular 569 – de maio – será efetiva em 31 de agosto.
“O prazo para adequação fica entre 120 e 180 dias. Em fevereiro já teremos as prateleiras prontas para a venda de novos produtos e aumento do setor”, completa Corrêa.
Garantia Locatícia
Já do lado das seguradoras, as projeções estão, em sua maioria, voltadas para a recuperação do mercado imobiliário.
Segundo o superintendente de negócios da SulAmérica Capitalização, Natanael Castro, a baixa venda de imóveis trouxe um aumento na venda de títulos de garantia de aluguel.
“Temos um contexto econômico que, de certa forma, represa o crescimento do faturamento, mas a emissão da circular traz uma tendência positiva, principalmente para os produtos voltados para o mercado imobiliário”, afirma.
“O título como garantia locatícia é um dos produtos mais conhecidos e, a partir do aquecimento do mercado e da modernização do marco, vemos crescimento significativo quando olhamos para 2019”, opina o superintendente de riscos e capitalização da Porto Seguro, Luiz Carlos Henrique.
Os últimos dados da FenaCap apontam que, de janeiro a maio deste ano, a receita do setor atingiu R$ 8,6 bilhões, alta de 8,1% em relação a igual período de 2017. As provisões técnicas – recursos resgatados antecipadamente, ou no fim da vigência – fecharam com R$ 29 bilhões (+2,7%).
Fonte: DCI