28/05/2018
O Globo - Uso de drone barateia custos de vistorias em imóveis
Equipamento dispensa instalação de andaimes e reduz contratação de mão de obra
Equipamento versátil, o drone ganha cada vez mais espaço em diferentes campos de trabalho em que a filmagem aérea ajuda a identificar problemas e encontrar soluções. Em Niterói, o equipamento é utilizado especialmente em eventos como corridas de rua e festas. Mais recentemente, passou a ser empregado como ferramenta de trabalho de profissionais do mercado imobiliário.
Desde 2012 os imóveis em Niterói precisam passar por vistoria. Naqueles com até 25 anos, a inspeção é a cada dez anos; já com mais de 25 anos, o intervalo cai pela metade. Para facilitar e baratear o custo da fiscalização, imobiliárias estão se valendo dos drones. De acordo com o engenheiro Wady Addum, da JEA Engenharia, o equipamento evita, por exemplo, a instalação de andaimes e reduz a contratação de mão de obra especializada, além de a conclusão do laudo ser mais rápida:
— O drone também facilita a inspeção em locais de difícil acesso, como grandes fachadas e telhados de galpões, além de obras em andamento.
Para o sócio-gestor da Ouvert Construções, Fabricio Calheiros Coutinho, entre as principais vantagens do equipamento está a redução de erros.
— Podemos visualizar, com mais presteza e precisão, falhas, pontos de rupturas e desgastes, entre outros detalhes, através dos ângulos permitidos pelo drone.
O serviço (denominado aerofotogrametria) custa cerca de R$ 1.500 e inclui a produção de um vídeo.
Apesar de parecer fácil e até uma brincadeira, pilotar um drone é coisa séria, com legislação própria, alerta o especialista Simione Campelo, gestor da empresa Dronave Soluções Aéreas. Segundo ele, a cada cem mil drones, só quatro mil têm os certificados emitidos por Anatel, Anac, Decea, Ministério da Defesa e Seguro Reta.
— Como vem crescendo o uso do equipamento, já temos uma legislação para isso, com vários detalhes, como idade mínima de 18 anos para pilotá-lo, altitude mínima permitida de 120 metros e proibição de uso em locais fechados — detalha Campelo.
Fonte: O Globo
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