O titular pode ser, ou não, o responsável pelo controle financeiro do cartório. A questão principal aqui é: como isso é realizado? O responsável olha somente os números do final do mês para ver a diferença entre quanto entrou e quanto saiu? Essa forma objetiva de analisar apenas o resultado final, o que já passou, quase sempre não permite detectar problemas que poderiam ter sido minimizados ou excluídos se o acompanhamento fosse pautado em um orçamento, que é o planejamento proativo dos custos.
A grande diferença desse tipo de controle é o resultado final. À medida que se monitora o andamento, aumenta-se a possibilidade de corrigir desvios a tempo. Em consequência, obtém-se maior rendimento no final do período.
Mesmos para os cartórios que sempre operam no azul, com controles mais frequentes, a diferença economizada poderia ser utilizada até para reinvestir na própria serventia, como, por exemplo, no treinamento e aprimoramento de colaboradores.
Aspecto que sempre vem à tona quando discutimos as entradas e saídas de dinheiro do cartório é tratar o caixa com inteiro rigor e não permitir a confusão de contas pessoais, ou da família, com a do cartório, conforme alertamos em artigo anterior.
Além disso, participar de eventos, palestras e treinamentos são essenciais para o aprendizado e atualização sobre finanças corporativas (empresariais, sim, o cartório é uma empresa!). Sem isso, o titular pode ser levado a tomar decisões com base em números superficiais ou de forma puramente emocional.
Cada contexto precisa de uma análise detida, de um olhar mais específico no tipo de gerenciamento exercido para que soluções mais adequadas ajudem a aprimorar e profissionalizar a serventia, sob o duplo enfoque financeiro e administrativo.
Referência: CALDAS, Talita / SCIASCIA, Daniela. Como Melhorar as Finanças do seu Cartório? Aprenda Passo a Passo. 2017. 29 p. Ebook no website www.tac7.com.br.
*Talita Caldas é Sócia Diretora da Tac7.
Fonte: CNB/SP