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07/03/2017

Estadão - Segundo pesquisa, mercado de casamentos registrou aumento de 25% mesmo com a crise no país

São Paulo - SP--( DINO - 03 mar, 2017) - O mercado de casamentos, um dos setores que mais movimenta a economia brasileira, não tem encontrado dificuldades para fazer dinheiro em meio à crise. O cenário mostra um fenômeno comum em momentos de turbulência financeira, o de adaptar o orçamento de acordo com as circunstâncias. Noivos e noivas com o casamento marcado estão reformulando o planejamento do grande dia para não adiar ou deixar o sonho de lado.

Em tempos de crise e desemprego a tendência é economizar, mas sem necessariamente precisar abrir mão do sonho de realizar uma cerimônia e festa de casamento. Reunir cerca de 100 a 150 convidados num espaço é a opção que alguns casais têm escolhido a fim de concretizar o casamento e continuar movimentando o mercado.

De acordo com pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), houve um total de 1.106.440 de casamentos no ano de 2014 no Brasil. No estado do Pernambuco, por exemplo, os casamentos são constantes. Ainda segundo a pesquisa do IBGE ocorreram 52.846 casamentos no estado, sendo 9.373 no Recife. Para dar conta de tantas uniões, mais de mil empresas atuam no mercado local, movimentando cifras consideráveis mesmo diante da crise econômica.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular e a Associação Brasileira de Eventos Sociais (ABRAFESTA) revelou que o mercado de festas e cerimônias cresceu nos últimos anos, atingido R$ 16,8 bilhões em 2014. O mesmo estudo mostrou que os gastos com festas e cerimônias de casamento apresentam um crescimento anual médio de 10,4%. Entre 2013 e 2016, o crescimento foi de 25% em todo o Brasil.

Os solteiros nas faixas etárias de 20 a 39 anos movimentam hoje, no Brasil, aproximadamente R$ 793 bilhões. Sendo que somente a classe média movimenta R$ 328 bilhões. Com mais renda e maior acesso a serviços, as regiões Sudeste e Sul têm a maior taxa de casamento formal. Os casamentos civil e religioso chegam a 70% no Sudeste e a união consensual a 30%. Já no Sul, 66% e 34%, respectivamente. No Nordeste 58% (casamentos civil ou religioso) e 42% (união consensual).

Segundo o presidente da ABRAFESTA, o mercado de eventos sociais no Brasil é altamente maduro e registra uma demanda crescente em todas as regiões do país. As empresas prestadoras de serviços estão cada vez mais atentas as necessidades do mercado e em busca de novas tendências e produtos diferenciados.

Ao contrário de outros setores, a realidade tem animado quem trabalha no mercado de casamentos. Hoje, os fornecedores de serviços preferem manter os preços sem acompanhar o ritmo da inflação, e assim poder oferecer vantagens a quem vai casar. A internet também tem sido um meio muito utilizado por noivos e noivas que planejam economizar no casamento.

Os serviços oferecidos na web vão desde a criação de um site personalizado para substituir o convite impresso até serviços de assessoria virtual, que incluem agenda online, assistente de pagamentos, guia de fornecedores e lista exclusiva de presentes. Alguns sites especializados também auxiliam na escolha do acessório para noivas , como é o caso do Planeta das Noivas, que dá dicas de como economizar na escolha penteados, tiaras, brincos, colares, buquê de flores e outras etapas do casamento.

Fonte: Estadão 


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