O consultor da Frente Parlamentar da Agropecuária Vicente Silva discorda que haja pouca transparência no sistema do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O advogado participou de debate na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável sobre os dois anos do Código Florestal (Lei 12.651/12). A audiência encerrou-se há pouco no plenário 8.
Vicente Silva analisa que o CAR foi pensado para dar transparência às imagens das propriedades. Diferentemente dos ambientalistas presentes ao debate, o consultor não entende que a ausência dos nomes dos proprietários na identificação das imagens possa comprometer a transparência do cadastro.
Para o técnico, a preocupação central neste momento deve estar na estruturação dos órgãos estaduais para implementar o CAR e os programas de regularização ambiental.
“Temos que ter preocupação para que estados se mobilizem e possam dar resposta rápida sobre o CAR. O setor produtivo tem interesse no avanço do CAR. Não há por parte do setor produtivo falta de vontade em aderir aos processos e ter sua propriedade regulamentada”, destacou Vicente Silva. “No Mato Grosso do Sul, há 800 mil ha de áreas embargadas que poderiam ser usadas para a produção e não o são por falta de uma ferramenta de cadastro”, disse.
O debate na Comissão de Meio Ambiente sobre os dois anos do Código Florestal foi proposto pelo deputado Sarney Filho (PV-MA).
SERJUS