Diretora executiva da entidade, Fernanda Abud Castro, defende a acessibilidade como dever coletivo nos serviços de utilidade pública
Durante o segundo dia da Expo Braille 2025, a diretora executiva da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (ANOREG/BR), Fernanda de Almeida Abud Castro, participou do Painel 4, com o tema “Acessibilidade como dever coletivo em espaços e serviços de utilidade pública”. Em sua fala, a representante da entidade destacou a importância da inclusão nos serviços extrajudiciais e reforçou o papel dos Cartórios como agentes de cidadania.
Também participaram do painel o jornalista, youtuber e influencer Marcos Lima e o membro do Grupo de Trabalho Pessoas com Deficiência da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão – Ministério Público da União, Leonardo Antônio de Moraes Filho.
Logo na abertura, Fernanda ressaltou que os Cartórios, como delegações do poder público, têm a missão de garantir direitos básicos — como nascimento, casamento, óbito e propriedade — e, por isso, devem estar plenamente preparados para atender a todas as pessoas com igualdade. “Se o direito começa no Cartório, a inclusão também precisa começar por aqui”, afirmou.
A diretora apresentou uma série de ações realizadas pela ANOREG/BR e pelas ANOREGs estaduais para promover a acessibilidade nos Cartórios brasileiros, como a criação de cartilhas orientativas, a capacitação de equipes e o incentivo à acessibilidade arquitetônica, comunicacional e atitudinal. Ela também destacou projetos institucionais que vêm consolidando essa agenda inclusiva, como o Prêmio de Qualidade Total ANOREG (PQTA) — que reconhece boas práticas de gestão — e o programa Cartório Plural, voltado à promoção da diversidade e dos direitos das pessoas com deficiência.
Em sua explanação, Fernanda reforçou que o avanço da acessibilidade depende de articulação institucional e diálogo intersetorial. Segundo ela, a atuação conjunta com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Tribunais de Justiça e entidades representativas da sociedade civil e governos locais tem sido essencial para ampliar o alcance das ações inclusivas no setor extrajudicial. “A acessibilidade é o primeiro passo para que o cidadão chegue ao Cartório. Mas o acolhimento é o que garante que ele volte”, finalizou.
Fonte: ANOREG/BR