Pesquisa aponta que país tem mais de 90 milhões de hectares à espera de restauração e pagamento por serviços ambientais.
O Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (CSR/UFMG) publicou a terceira edição do estudo denominado “Panorama do Código Florestal”, apontando que o Brasil possui 95 milhões de hectares à espera de ações de restauração e pagamento por serviços ambientais.
Segundo a notícia publicada pela Agência Brasil, o país “tem, em média, 74 milhões de hectares de vegetação nativa em propriedades rurais aguardando pagamento por serviços ambientais. Tratam-se de áreas que excedem as exigências previstas no Código Florestal e cujos proprietários poderiam receber um pagamento por manter a vegetação de pé. Em contrapartida, o país conta com 21 milhões de hectares desmatados que, para cumprir as exigências legais, devem ser restaurados ou compensados.” A Agência também ressalta que o estudo foi realizado com tecnologia desenvolvida pela própria Universidade e que “calculou os requisitos do Código Florestal e o cumprimento por cada um dos mais de 7 milhões de imóveis rurais registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR).”
De acordo com o material divulgado, o estudo avaliou, dentre outras, regiões como a Amazônia Legal e MATOPIBA. Sobre o CAR, a pesquisa identificou que, “embora o número de registros e a área cadastrada continuem crescendo consistentemente, inclusive ultrapassando as estimativas oficiais anteriores de áreas agrícolas no país, pouco ou quase nada se progrediu no uso do CAR como instrumento principal para o cumprimento do CF.”
O estudo também apresenta infográficos variados, incluindo, dentre eles, a análise de cada Estado brasileiro, com informações acerca da quantidade de registros no CAR, vegetação nativa remanescente e áreas de Reserva Legal, entre outros dados.
A íntegra da 3ª Edição do Panorama do Código Florestal pode ser acessada aqui.
Fonte: IRIB