Há quase três décadas, as casas da Rua Congonhas, no Bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte, serviram como o cenário do filme “O Menino Maluquinho”, dirigido por Helvécio Ratton e inspirado na obra do cartunista Ziraldo, que faleceu neste ano e, recentemente, no dia 24 de outubro, teria completado 82 anos. Esses imóveis, que foram testemunhas das travessuras do personagem icônico, enfrentaram um longo período de abandono, foram tombadas e revitalizadas diante da coordenação da Secretaria Municipal de Cultura.
O papel do Registro de Imóveis na preservação patrimonial
A preservação de imóveis históricos como as Casas do Menino Maluquinho exige não apenas esforços físicos e administrativos para manter a integridade das edificações, mas também o respaldo legal para assegurar sua proteção contínua. Nesse contexto, o papel do registro de imóveis é fundamental.
Ao assegurar que propriedades tombadas sejam devidamente registradas, o sistema de registro contribui para a conservação do patrimônio e para o cumprimento das normas de preservação. Além disso, o registro proporciona segurança jurídica aos proprietários e facilita o acesso a incentivos e apoios necessários para a manutenção e restauração dos imóveis históricos.
Tombamento e revitalização
De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, “o tombamento das casas, realizado em 2007 pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município (CDPCM-BH), enfrentou desafios como a descaracterização dos imóveis ocorrida ao longo dos anos, causada muitas vezes por reformas implementadas sem observar critérios de conservação e restauração, como também em razão da pressão imobiliária”.
O projeto de restauração foi um reconhecimento da importância cultural e histórica desses imóveis para a identidade de Belo Horizonte. A Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Diretoria de Patrimônio Cultural (DIPC), foi a responsável por coordenar o processo de tombamento e restauração das casas da Rua Congonhas, integrando as ações de preservação ao planejamento urbano e à valorização do patrimônio histórico.
O órgão municipal relatou que, ao longo do processo de restauração, a prioridade foi recuperar as volumetrias e os elementos estilísticos arquitetônicos mais significativos das edificações, baseando-se nas evidências remanescentes e nos projetos originais de 1947. “A restauração, finalizada em 2019, reverteu grande parte das intervenções irregulares, resgatando e preservando fachadas e elementos externos”, completou.
O legado do personagem continua a viver, inspirando a imaginação e as brincadeiras de crianças e adultos, enquanto as casas se tornam um símbolo de resiliência e renovação na paisagem urbana de Belo Horizonte.
“A revitalização das casas, conhecidas como ‘Casas do Menino Maluquinho’, representa não apenas a preservação física do patrimônio, mas também a reativação do vínculo histórico-cultural com o Bairro Santo Antônio, contribuindo para a identidade e a memória urbana de Belo Horizonte. Essa preservação garante que as relações sociais e culturais se perpetuem na área, promovendo a interação da comunidade com seu passado arquitetônico”, finalizou a Secretaria Municipal de Cultura por meio de nota. (Todas essas aspas foi por meio de nota mesmo ou vc conseguiu essas informações em algum site?)
Fonte: AssCom da Serjus-Anoreg/MG