Cerca de 250 pessoas devem participar do mutirão “Direito a ter pai”, da Defensoria Pública (DPMG), em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (20). Além de estar prevista na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente, essa é uma oportunidade para as famílias reforçarem os lacos afetivos, independentemente do parentesco.
Caso de Eduarda Camilly, de 15 anos, que não tem o nome do pai biológico na certidão. Mas, agora, terá o de Fábio Júnior Rodrigues Pereira, de 38, que vive com a jovem e a mãe dela há sete anos.
“Minha esposa viu a notícia e a gente falou ‘é agora ou nunca’. Nós finalmente tivemos a oportunidade de concretizar esse sonho, assinar meu nome junto do dela (Eduarda)”, descreveu o pai.
Fábio contou que o atendimento foi “bem rápido”. Eles aguardam agora a entrega dos documentos, daqui a 40 dias. “Aqui nós vimos que era isto que a gente realmente queria. Estamos muito felizes”, completou.Os irmãos Júlio e César Henrique Oliveira Gonçalves, de 25 e 23 anos, têm o nome do pai biológico na certidão de nascimento, mas descobriram que também poderiam incluir o de Édson Meneses dos Reis, de 44 anos, a quem chamam de pai e convivem há 23 anos.
“Ele sempre esteve comigo, desde meus seis meses de vida e a gente veio oficialmente colocar ele na nossa certidão”, conta César.
“Quando a gente ficou sabendo que podia colocar dois pais na certidão, ‘veio no coração’ fazer isso com eles. É uma satisfação imensa para a família. Amor a gente já tinha, eles sempre me chamaram de pai. Mas agora vai ficar registrado nos documentos”, relata Édson.
Registro
Equipes da Defensoria Pública estarão à disposição para atender os inscritos, em 62 unidades em todo o estado. Para participar do atendimento nesta sexta (20) é necessária inscrição prévia do interessado. Entretanto, o serviço está disponível para a população de segunda a sexta nas unidades do órgão.
O mutirão tem o objetivo de garantir o direito ao nome do pai ou da mãe no registro de nascimento de crianças, adolescentes e adultos.
Fonte: Hoje em Dia