Serjus-Anoreg/MG entrevistou o membro da diretoria que também é tabelião no Tabelionato de Protesto em Santa Luzia
Filho de ex-delegado se enveredar para a área jurídica, não é novidade. No entanto, deixar o cargo de analista tributário da Receita Federal para ser tabelião em Santa Luzia, pode surpreender a muitos. Essas são algumas situações da trajetória de Bruno Gonçalves Fonte Boa, o filho do Sr. João Nunes Fonte Boa, conhecido como Cici, e da Sra. Aracy Fonte Boa.
Nascido em Belo Horizonte, em janeiro do ano 1958, hoje com 66 anos, é casado e tem três filhas. Apesar de ter se inspirado no pai, nenhuma de suas filhas escolheram a área jurídica, sendo uma médica, uma psicológica e outra engenheira.
Além de ser graduado em Direito, Bruno Gonçalves Fonte Boa é tabelião do Tabelionato de Protesto de Santa Luzia/MG, 2º vice-presidente da Associação do Notários e Registradores do Estado de Minas Gerais (Serjus/Anoreg-MG) e diretor do Instituto de Estudos de Protestos do Brasil - Seção Minas Gerais (IEPTB-MG).
Fonte Boa concedeu entrevista à SerjusAnoreg/MG detalhando o porquê de ter ingressado na área notarial, sua trajetória e anseios em prol da classe.
Confira na íntegra!
Serjus-Anoreg/MG - O que o levou a cursar Direito?
Bruno Gonçalves Fonte Boa - Estudei Direito por uma consequência natural. Meu pai era formado em Direito, foi delegado e depois largou. Fez vários concursos, trabalhou em órgãos públicos e sempre estávamos conversando sobre os casos que aconteciam.
Ele sempre expunha seu pensamento jurídico. E foi natural, quis a área de forma espontânea! Quando chegou o momento de prestar vestibular, fiz a opção e fui aprovado.
Serjus-Anoreg/MG – Por que escolheu o concurso para cartório? Já passou por algum cartório antes?
Bruno Gonçalves Fonte Boa - Entrei para a área de cartórios de repente. Sempre atuei em fiscalização, fui analista tributário da Receita Federal e auditor fiscal da Receita Estadual e após muitos anos nas funções, resolvi mudar de área. Eu tenho até alguns colegas que também tomaram essa decisão e prestamos o concurso juntos para virarmos de página.
Eu fiz sem muitas expectativas, era uma coisa desconhecida para nós. Acabou que fizemos para cidades próximas da capital e deu certo. Um é tabelião em Neves até hoje, outro em Vespasiano e eu fui para a comarca de Santa Luzia.
Serjus-Anoreg/MG - Há quanto tempo está à frente da serventia?
Bruno Gonçalves Fonte Boa - Participei do 1º concurso em 2001, mas só entrei em 2007. Teve resistência da titular e ela levou a situação para a justiça, perdurando por alguns anos.
Tem 15 anos que atuo lá. Não é fácil, nosso país é muito pobre... O tabelião que está ali no dia a dia vê como que ele pode atuar, ser importante socialmente, orientando, tirando dúvidas. Temos um papel importante, de mudanças e informação, precisamos estar cientes disso, da carência da população, tendo boa vontade e engajamento.
Tanto os notários como os registradores oferecem um serviço importante para essas pessoas. Muitas precisam de um apoio jurídico, informações e esclarecimentos que para nós é corriqueiro, mas que para eles são importantes. Inclusive, podemos colaborar para uma virada na vida da pessoa, resolvendo uma questão que estava a afligindo há anos.
Sempre temos que nos fazer presentes para fazer valer a nossa importância socialmente, contribuindo com à população oferecendo a nossa atividade, sendo úteis e prestativos.
Serjus-Anoreg/MG - Quais são os principais desafios que você encontra no dia a dia do cartório e quais são as maiores satisfações?
Bruno Gonçalves Fonte Boa - Estamos sempre acompanhando a evolução e exigências dos órgãos que supervisionam e fiscalizam os cartórios. Então estarmos sempre atualizados é um dos maiores desafios, o direito está sempre se inovando, acompanhar as modificações e qualificar os funcionários é fundamental. É sempre mutável, temos muitas exigências tecnológicas e aprimoramentos, portanto, a atualização é um desafio constante e o tabelião precisa ter como norte.
Serjus-Anoreg/MG - Como tem sido a experiência como 2º vice-presidente da Serjus/Anoreg?
Bruno Gonçalves Fonte Boa - Também sou diretor do Instituto de Protesto e temos um vínculo muito grande, com interesses em comum. Com os colegas da Serjus, como Ari, Fernando e Calais, estou sempre discutindo e enfrentando problemas comuns ou específico de cada serventia.
Dessa forma, a experiência tem sido enriquecedora. Sempre tem desafios e problemas, mas também temos novidades e pessoas com gana e vontade de trabalhar e lutar pela classe, e é interesse esse ciclo em comum e essa amizade. Portanto, é muito gratificante trabalhar na Serjus, pois vemos todos empenhados no mesmo objetivo.
Serjus-Anoreg/MG - Em sua opinião, qual a importância da Serjus/Anoreg para a classe?
Bruno Gonçalves Fonte Boa - A Serjus-Anoreg é fundamental, as pessoas, às vezes, não sabem, mas constantemente somos surpreendidos por uma norma ou medida que vai conduzir os interesses da classe de notários e registradores. Podemos citar também as propostas legislativas ou mesmo decisões administrativas que precisamos tentar contornar.
Então a Serjus-Anoreg tem atuado no acompanhamento da atividade, dos nossos problemas e de medidas que podemos adotar, ajudando a classe, mas também em propostas legislativas que podem nos prejudicar. A associação está sempre alerta e trabalhando em nossa defesa com inúmeras reuniões e dinamismo.
É importante ressaltar que a Associação já foi dirigida hoje pelo deputado estadual Roberto Andrade, que tem nos apoiado de forma imensurável na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Ele tem sido nossa ponte de apoio incondicional e importantíssimo, visto que foi esteve como presidente e conhece a fundo a nossa realidade.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Serjus/Anoreg-MG