No dia 24 de agosto, o Cartório Miranda completa 70 anos. Localizado em Juatuba, cidade com mais de 22 mil habitantes na região metropolitana de Belo Horizonte, a unidade passou por diversas mudanças físicas e também nos seus serviços. A história da serventia se mistura com a da cidade que deixou de ser um distrito para se tornar município em 1992.
Em 1951, o primeiro oficial do cartório era um farmacêutico e o Cartório funcionava ao lado da farmácia. Já a segunda titular era uma professora e a serventia era anexo a sua residência. Após ter tomado posse, em 1974, Aidê Miranda Rodrigues da Silva, atual oficial do Cartório Miranda, instalou sede própria, sendo que ao longo dos anos foi mudando de locais e o espaço foi sendo ampliado de acordo com a demanda.
O dia a dia na serventia também passou por muitas mudanças ao longo de seus 70 anos. “No início, todos os atos eram feitos manualmente e apenas eram praticados os de registro civil. Quando assumi o cartório iniciei a prática dos atos do tabelionato de notas. Com o passar dos anos, começamos o uso da máquina de escrever, depois em meados de 1995, o uso do computador. No início das atividades apenas uma pessoa fazia todo o serviço, hoje temos cinco funcionários”, lembra Aidê.
O avanço foi inevitável, pois após a emancipação do município muitas empresas se instalaram na cidade e, consequentemente, houve um crescimento da população e um aumento expressivo no número de atos praticados. Por isso, foi necessária a implantação de sistemas e de senhas para organizar melhor o atendimento. Para completar, uma nova ampliação, desta vez na sala de realização dos casamentos.
As pessoas de Juatuba têm uma relação próxima e de confiança com Cartório Miranda e com Aidê, que foi criada na cidade. Além de ser a única unidade do município, os moradores confiam nos serviços prestados. Muitos usuários chegam procurando diversos outros atos, como fazer o título de eleitor, RG, passaporte e retirar protestos, por exemplo, e falam que gostariam de resolver tudo na unidade. Muitos usuários vão fazer consultas e pedir aconselhamentos, pois dizem que sempre buscam a serventia por já terem tido um atendimento satisfatório anteriormente.
“Hoje, ao realizarmos alguns casamentos, notamos que os pais dos noivos foram registrados na serventia, casaram-se na serventia, os noivos foram registrados e agora estão se casando e quem sabe os filhos deles serão registrados aqui também. Várias gerações com o registro na mesma serventia. São muitos anos de trabalho e dedicação”, lembra Aidê.
Mas a unidade também guarda muitas histórias curiosas e inusitadas, como aconteceu com própria Aidê, que no dia 3 de julho de 1976 às 16h, estava grávida e realizando um casamento quando começou a sentir dores fortes. Eram as contrações! Após finalizar a cerimônia, foi direto para o hospital. E às 20h daquele mesmo dia, nasceu a sua segunda filha.
Já os planos para o futuro são o investimento em tecnologia, a busca por mais conhecimento e caminhar para as escrituras e atos digitais disponibilizados pela plataforma e-Notariado, do Colégio Notarial do Brasil. Outros objetivos são ampliar o espaço de atendimento, contratar mais colaboradores, pois acredita-se que haverá maior demanda de serviços nos próximos anos.
Fonte: Assessoria de Comunicação – CNB/MG