Dados do Portal da Transparência do Registro Civil, divulgados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) apontam que, nos últimos três meses, Uberaba apresentou número de óbitos maior que os de nascimentos. Em abril, maio e junho, foram registrados 970 nascimentos no município e 1.176 falecimentos.
No mês de abril foram registrados 402 óbitos e 350 nascimentos. O mês, até agora, foi o pior da pandemia em Uberaba, quando foram registradas 237 mortes pela Covid-19. Maio registrou o mesmo número de nascimentos que abril, conforme os dados do portal, e apenas um óbito a mais que o período anterior. Porém, em relação à Covid-19, foram registrados no mês 214 óbitos pela doença, correspondendo a uma queda de 8,15% em relação a abril. Em junho, o número de óbitos caiu em 7,9% em relação a maio, sendo registrados 371, e também houve queda de 22,8% nos nascimentos, com 270 registros.
A pandemia da Covid-19 vem causando profundo impacto nas estatísticas vitais da população mineira. Além das mais de 50 mil vítimas fatais atingidas pela doença, o novo coronavírus vem alterando a demografia de uma forma nunca vista desde o início da série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de Registro Civil de Minas Gerais, em 2003. “Nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como neste ano de 2021, resultando na menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos nos primeiros seis meses do ano”, diz nota enviada pela entidade.
Em números absolutos, os Cartórios mineiros registraram 103.181 óbitos até o final do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 70,8% maior que a média histórica de óbitos no Estado, e 54,6% maior que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro meses. Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 59,4%.
Com relação aos nascimentos, Minas Gerais registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre, desde o início da série histórica em 2003. Até o final do mês de junho, foram registrados 125.736 nascimentos, número 8,9% menor que a média de nascidos no Estado desde 2003, e 2,64% menor que no ano passado. Com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos caiu 6,76% em Minas Gerais.
Fonte: JM Online