Em abril, foram 422 mortes a mais que nascimentos; a primeira vez que isso aconteceu foi em março deste ano
A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) divulgou nesta sexta-feira (30/4) que Belo Horizonte registrou, pela segunda vez consecutiva, mais mortes do que nascimentos. São 2.445 óbitos e 2.023 nascimentos, uma diferença de 422 mortes a mais que nascidos vivos.
Segundo a Arpen-Brasil, a queda na diferença entre os nascimentos e os óbitos em BH estava ocorrendo de forma gradual ao longo dos anos, mas piorou com a pandemia. Em janeiro de 2020, eram 1.025 nascimentos a mais, que caíram para 249 em julho.
Em março deste ano foi a primeira vez que os óbitos superaram os nascimentos em 23 registros e, em abril, esse número subiu para 422 óbitos a mais. Os dados são preliminares, pois foram levantados até o início desta sexta (30/4) e ainda podem ser lançados e conferidos no Portal da Transparência do Registro Civil.
No estado, a situação é semelhante, já que a diferença entre número de mortes e nascimentos estava caindo ao longo dos anos, mas também acentuou durante a crise sanitária. Minas Gerais corre o risco de registrar mais óbitos que nascidos vivos pela primeira vez na história, já que no mês de abril foram apenas 41 nascimentos a mais.
No país, a região Sudeste, com cerca de 85 milhões de habitantes, tem até esta sexta-feira (30/4) 81.525 óbitos e 76.508 nascimentos. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a pirâmide de nascidos vivos já se inverteu. Além desses estados, o Rio Grande do Sul também alcançou o triste recorde.
Entre as capitais brasileiras, além de Belo Horizonte, oito tiveram óbitos superando o número de nascidos vivos: São Paulo, Curitiba, São Luís, Vitória, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza e Recife.
Fonte: Estado de Minas