Comparação com março de 2020 mostra o impacto da pandemia em Minas e fez com que a diferença entre nascidos e mortos chegasse a apenas 21% no último mês
A alta no número de mortes em Minas Gerais no mês de março provocou um fenômeno inesperado no Estado: a aproximação recorde entre os números de nascimentos e óbitos, que atingiu o menor patamar da série histórica do Registro Civil, iniciada em 2003. Com 22.619 nascimentos e 18.758 óbitos, a diferença entre ambos ficou em apenas 3.861 atos, o que equivale a 21%, e uma redução histórica de 71% desde o início da pandemia em março de 2020.
Os dados constam do Portal da Transparência do Registro Civil (http://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
A diferença entre os dois atos já vinha caindo ao longo do tempo, mas acelerou vertiginosamente com a pandemia causada pelo novo coronavírus. Em 2003, no início da série histórica está diferença era de 175%, baixando para 120% na década de 2010 e abrindo 2020 com diferença na casa dos 90%. Com a pandemia, baixou para 51% em julho, 41% em dezembro e agora chegando à menor diferença já registrada, 21%.
“Nos Cartórios temos sentido na prática esta diferença, com grande diminuição contínua dos nascimentos enquanto os óbitos dispararam e atingiram a maior marca da história do País”, diz o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli. “O Cartório de Registro Civil foi um dos serviços essenciais, que não fechou em nenhum momento nesta pandemia, o que fez com que vivenciássemos na pele a realidade dura da pandemia que tem atingido tantas famílias brasileiras”, completou.
Já no Brasil, a alta no número de mortes no mês de março provocou um fenômeno inesperado no país: a aproximação recorde entre os números de nascimentos e óbitos, que atingiu o menor patamar da série histórica do Registro Civil, iniciada em 2003. Com 227.877 nascimentos e 179.938 óbitos, a diferença entre ambos ficou em apenas 47.939 atos, o que equivale a 27%, e uma redução histórica de 72% desde o início da pandemia em março de 2020.
Fonte: Notícias de Contagem