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13/04/2021

Estado de Minas - Mortes e nascimentos têm menor diferença em Minas

 

Com pico da COVID, óbitos registrados em cartório chegaram a 18.758 entre abril de 2020 e março no estado, contra 22.619 certidões de recém-nascidos

 A expansão da COVID-19 em Minas Gerais em 2021 trouxe à tona uma estatística inesperada no estado. Com o número recorde de mortes em março, a diferença entre nascimentos e óbitos atingiu seu menor patamar da série histórica do registro civil, cujo início ocorreu em 2003. Segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), foram expedidos 22.619 registros de nascimentos no mês passado, que curiosamente foi o maior número desde abril do ano passado. Ao mesmo tempo, foram feitos 18.758 atestados de óbitos, o representa uma variação de 21%.

O Portal da Transparência do Registro Civil mostra que foram 8.004 mortes registradas por COVID-19 em março. O total muitas vezes não bate com as vidas perdidas pela doença com os dados registrados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), já que muitos óbitos demoram para ter o registro concluído. Para efeito de comparação, a diferença em fevereiro foi de 55%, já que foram 19.391 nascimentos e 12.492 mortes. Em janeiro, a variação foi de 33%, com 19.896 certidões de nascimento expedidas e 14.924 de óbitos.

No ano passado, as diferenças foram maiores que em março deste ano. Em dezembro, houve variação de 41%, com 18.934 nascimentos e 13.743 mortes, enquanto novembro registrou 54% (18.871 pessoas nascidas e 12.237 vidas perdidas). Por sua vez, outubro registrou 18.888 nascimentos e 13.703 óbitos, uma diferença de 37%.

“O Cartório de Registro Civil foi um dos serviços essenciais, que não fechou em nenhum momento nesta pandemia, o que fez com que vivenciássemos na pele a realidade dura da pandemia que tem atingido tantas famílias brasileiras”, explica o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Fiscarelli. "Nos cartórios temos sentido na prática esta diferença, com grande diminuição contínua dos nascimentos enquanto os óbitos dispararam e atingiram a maior marca da história do país", observa.

Os registros feitos no Brasil seguiram a tendência dos dados coletados em Minas Gerais. A aproximação recorde entre os números de nascimentos e óbitos também atingiu o menor patamar da série histórica do Registro Civil. Com 227.877 nascimentos e 179.938 óbitos, a diferença entre ambos ficou em apenas 47.939 atos, o que equivale a 27%, e uma redução histórica de 72% desde o início da pandemia em março de 2020.

Boletim

Minas confirmou 2.841 casos e 86 mortes por COVID-19 em 24 horas. De acordo com o boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, ontem, o estado ultrapassa 1,23 milhão de casos e chega a 28.090 mortes. Em 29 de março, a média móvel de mortes era 247. Quinze dias depois, a média passou para 340, aumento de 37,6%. Média móvel de casos 11.129. No dia 29 de março, era de 9.626.

O boletim demonstra que há prevalência de mortes entre os negros (pretos e pardos) que correspondem a 49% do total de mortes em comparação aos brancos, 43%. O número de homens mortos (55%) supera o número de mulheres (45%).

Fonte: Estado de Minas

 


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