Rio Grande do Sul registrou 15.802 óbitos e 11.971 nascimentos em março deste ano
A população do Rio Grande do Sul apresentou retração em março, o mês mais letal da pandemia. É a primeira vez na história que um estado brasileiro registra mais mortes que nascimentos. Foram 3.831 vidas a menos, de acordo com dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil).
O estado registrou, no total, 15.802 óbitos, contra 11.971 nascimentos em março. Os números levam em conta mortes por todas as causas e não apenas por Covid-19.
Do total de vidas perdidas no mês, mais de 7 mil foram por complicações do novo coronavírus, segundo dados do governo estadual.
Em março, o Rio Grande do Sul atingiu o pior nível da pandemia, com o sistema de saúde operando no limite. Atualmente, a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 91% na rede pública.
“Os dados mostram que pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2003, um estado teve mais óbitos do que nascimentos, o que acabou por acontecer no Rio Grande do Sul, o que só mostra a gravidade da situação que vivemos, com uma forte tendência a que isso se aprofunde no mês de abril”, disse o vice-presidente Arpen/Brasil, Luis Carlos Vendramin Júnior.
Apesar de o Rio Grande do Sul ser o único estado a apresentar um balanço negativo, São Paulo foi o que registrou o maior número de mortes em março deste ano. Foram 47.308 óbitos no território paulista. Por outro lado, foi o estado com maior registro de nascimentos (49.328), o que elevou em 2.020 o total da população.
Na sequência, Minas Gerais registrou 18.758 mortes e 22.619 nascimentos, uma elevação de 3.861. O Rio Grande do Sul vem em seguida.
Em todo o país, foram 179.938 registros de mortes em março, enquanto o total de nascimentos foi de 227.877.
Fonte: CNN