Em meio à pandemia de covid-19, protocolos têm sido, rigorosamente, adotados por igrejas em cerimônias, entre elas, o casamento. A percepção, no entanto, é de que, ainda que seja possível se casar, os casais têm preferido adiar as celebrações para o ano que vem, quando é previsto que já haja imunizante disponível para vacinação em massa da população.
O padre Fernando Lopes, da Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Belo Horizonte, cita que entre os protocolos seguidos estão respeito do distanciamento de 1,5 metros entre os fiéis, aferição de temperatura, necessidade de uso de máscaras, higienização com álcool e número reduzido da capacidade.
“O casamento que realizei no último sábado (3) contou com a presença de um grupo restrito de convidados, de até 60 pessoas, e com transmissão pelo YouTube da paróquia”, conta. “A preferência dos agendamentos é para 2021, momento este que, se Deus quiser, já termos sido todos vacinados e assim ficaremos mais seguros”, alega.
Em outra paróquia requisitada por noivos em Belo Horizonte, a Nossa Senhora da Boa Viagem, também é notável o número de reagendamentos. De acordo com o pároco Marcelo Silva, 80% dos casais remarcaram o casório para 2021.
Transmissão online ganha força
Entre os casamentos que são realizados em meio à pandemia, destaque ganham as transmissões online do evento. “Já aconteceu de termos casamento aqui com 20 pessoas e mais de 300 acompanharem de suas casas, até fora do Brasil, com a transmissão. São respostas para novos tempos que vivemos”, completa Marcelo Silva.
União estável
Os Cartórios de Notas de Minas Gerais registraram um aumento de 68% nas formalizações de uniões estáveis entre abril e agosto deste ano. Os dados são do Colégio Notarial do Brasil - Seção MG.
O crescimento coincidiu com o movimento de flexibilização de abertura do comércio e outras atividades presenciais, e com a autorização para a prática destes atos por meio de videoconferência. Em números absolutos, os reconhecimentos das uniões no país passaram de 416 em abril para 695 em agosto.
A união estável caracteriza-se pela convivência duradoura entre duas pessoas, homem e mulher ou casais do mesmo sexo - que visa estabelecer um regime de bens, provar o início da convivência, facilitar eventual alteração do nome, bem como para garantir direitos junto ao INSS, convênios médicos, odontológicos, clubes, entre outros.
Fonte: Itatiaia FM
SERJUS