“A realização de um sonho.” Foi assim que um dos noivos definiu o que representou o casamento comunitário do qual ele participou, com outros dois casais, na manhã de terça-feira, 17 de setembro, em Campo Belo. A iniciativa obteve destaque na impressa local e promete se tornar tradição. Veja matéria.
O evento partiu de um desejo expresso pelos próprios recuperandos aos responsáveis pela Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Campo Belo. Os reeducandos tinham interesse em oficializar relacionamentos já existentes.
A cerimônia pioneira foi organizada pela Apac, em parceria com a Pastoral Carcerária e com o apoio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) local.
A festa incluiu música, bolo, atendimento em salão de beleza e aluguel do traje completo, tudo doado pela comunidade da paróquia Nossa Senhora das Mercês e pelas pastorais carcerária e familiar. O evento contou ainda com a presença de familiares, religiosos e do juiz Antônio Godinho, da 1ª Vara Cível de Campo Belo.
Segundo o magistrado, “a cerimônia foi muito boa e correu tudo bem”. Ele afirma que uma ação como essa é de extrema importância, pois, além de contribuir positivamente para o processo de ressocialização dos apenados, explicita, para a sociedade, o papel dessas unidades prisionais diferenciadas na recuperação e na valorização do ser humano.
O juiz completa que essa foi a primeira realização, mas não será a última. Segundo ele, havendo outros interessados, os casamentos comunitários na Apac vão se repetir.
Fonte: Tribunal de Justiça de Minas Gerais