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09/07/2021

G1 - Cartórios registram 1º semestre com mais mortes e menos nascimentos em Minas desde 2003

'Resultado entre o maior número de óbitos e o menor número de nascimentos é o menor crescimento da população em um semestre no estado', diz associação.
Os cartórios de Minas Gerais registraram em 2021 o primeiro semestre com mais mortes e menos nascimentos, desde 2003, quando o balanço começou a ser feito, segundo dados do Portal da Transparência do Registro Civil.

“Nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como neste ano de 2021, resultando na menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos nos primeiros seis meses do ano”, disse o presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), Gustavo Renato Fiscarelli.
Os cartórios mineiros registraram 103.181 óbitos até o final do mês de junho. O número, que é o maior em um primeiro semestre, é 70,8% maior que a média histórica de óbitos no estado, e 54,6% maior que os ocorridos em 2020.

Comparando com 2019, antes da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 59,4%.

Já em relação aos nascimentos, Minas Gerais registrou até o final do mês de junho 125.736, número 8,9% menor que a média de nascidos no estado desde 2003 e 2,64% menor que em 2020. Com relação a 2019, o número de nascimentos caiu 6,76% em Minas Gerais.

“O resultado entre o maior número de óbitos e o menor número de nascimentos é o menor crescimento da população em um semestre no estado, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos”, contou Fiscarelli.

Ainda segundo a Arpen-Brasil, a diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 77.605 mil nascimentos a mais, caiu para 22.555 mil em 2021, uma redução de 70,9%. Em relação a 2020, a queda foi de 63,8%, e em relação a 2019 foi de 67,8%.

Casamentos

Minas Gerais registrou até junho de 2021 o quarto menor número de casamentos desde 2003. Até junho, os cartórios celebraram 43.039 casamentos civis, número 54,3% maior que os 27.899 realizados em no mesmo período de 2020, mas 0,7% menor que os 43.329 casamentos celebrados em 2019.

A jornalista Danielle Capanema, faz parte desta estatística. Ela se casou em janeiro e queria engravidar, mas ainda se sente insegura por causa da pandemia.

"Casei, achei meu príncipe encantado, mas não parei com o remédio por medo do coronavírus. Estamos pensando na possibilidade, mas ainda com muito medo. Tenho 37 anos e sonho em ser mãe, mas quero ter certeza que ficaremos bem. Então prefiro esperar", disse.

Enquanto aguarda pelo momento, considerado por ela, certo para engravidar, a família cuida de uma nova integrante que chegou animando a casa.

"Para amenizar a ansiedade, adotamos uma cachorrinha. No início não queria, mas hoje amo ela demais. Não é a mesma coisa de um filho, mas consola e traz muito amor para a nossa família”. falou Capanema.

 

Fonte: G1

 


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