O projeto de reforma do Código Florestal (PLC
30/2011) que chegou em maio ao Senado, após polêmico processo de votação
na Câmara, tem passado por ajustes a cada comissão que examina o texto. No
entanto, cada alteração no texto tem sido precedida por exaustivas
negociações entre os senadores e também junto aos deputados e aos
representantes do governo federal.
O esforço para se chegar a um acordo a cada mudança se justifica: o projeto
precisará retornar à Câmara, onde os deputados vão avaliar as alterações
feitas no Senado, podendo inclusive rejeitar as mudanças. E ao final, quando
a matéria seguir para sanção, a Presidência da República poderá usar de sua
prerrogativa de veto para o todo ou para partes do texto.
A cautela dos senadores tem se verificado em todas as comissões que já
deliberaram sobre a matéria. Na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ), foi aprovado substitutivo do relator, senador Luiz Henrique
da Silveira (PMDB-SC), com poucas modificações, apenas para adequar o
projeto às normas jurídicas e constitucionais.
Nas comissões de Agricultura (CRA) e de Ciência e Tecnologia (CCT), onde
Luiz Henrique também foi relator, foi aprovado novo substitutivo, no qual a
mudança mais significativa foi na estrutura geral da proposta - para separar
disposições permanentes das disposições transitórias. Mas o relator também
incluiu alterações de mérito, com ajustes nas regras previstas.
Veja quadro com as principais mudanças aprovadas até aqui.
Nesta semana, o projeto começa a ser examinado na Comissão de Meio Ambiente
(CMA), onde é relatado por Jorge Viana (PT-AC). Esta será a última comissão
antes do envio do texto ao Plenário e o senador pelo Acre terá o desafio de
buscar o entendimento sobre as questões mais polêmicas que deixaram de ser
votadas nas comissões anteriores exatamente pela falta de acordo.
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