A Secretaria do Patrimônio da
União do Ministério do Planejamento, SPU, por intermédio da Gerência
Regional em Minas Gerais, realizou audiências públicas esta semana no
município de Rio Casca e no Distrito de Realeza, para discutir a
regularização fundiária nessas localidades. Os imóveis de propriedade da
União a serem objeto de regularização pertenciam ao extinto Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).
Em Rio Casca a regularização fundiária terá a cooperação do Município, o
instrumento jurídico utilizado será o de Cessão Gratuita sob o Regime de
Aforamento e a medida vai alcançar 138 famílias de baixa renda. Já em
Realeza a parceria será com a Associação de Moradores e com o apoio da
Prefeitura Municipal de Manhuaçu. A iniciativa irá beneficiar cerca de 100
famílias residentes em área cercada por um cinturão de mata nativa. A área
será urbanizada, permitindo que os moradores tenham uma melhor qualidade de
vida, com infraestrutura adequada, sendo que parte das famílias beneficiadas
são de moradores que perderam casas devido a um acidente geológico ocorrido
na região.
Com base na nova legislação sobre regularização fundiária, a lei nº 11.481,
de 31 de maio de 2007, que trouxe mecanismos em favor das famílias de baixa
renda, a Gerência Regional de Minas Gerais, intensificou ações nos
municípios onde essa modalidade de inclusão social é possível. Além das
áreas ocupadas irregularmente estão sendo identificadas áreas vazias
passíveis de construção de novos empreendimentos sociais.
Na implementação destes projetos, após a identificação das áreas e vistorias
das mesmas, são realizadas reuniões com Prefeituras Municipais para proposta
de parceria e regularização das áreas à população de baixa renda. É feito um
contrato de cessão gratuita sob o regime de aforamento à Prefeitura que
posteriormente transfere o domínio útil dos imóveis às famílias.
Além do município de Rio Casca e do Distrito de Realeza, em Minas Gerais
também estão em curso projetos de regularização fundiária em Governador
Valadares, na Vila Isa, onde foram edificadas 64 moradias pelo extinto DNER.
A vila é ocupada por ex-servidores do órgão, viúvas e pensionistas, muitos
residindo nos imóveis há mais de 50 anos, e a grande maioria com uma renda
familiar de até 5 salários mínimos. O processo de aforamento à Prefeitura
está em andamento.
Em Caratinga a União está regularizando duas áreas oriundas do extinto DNER,
onde foram edificadas 52 moradias , também ocupadas por ex-servidores,
viúvas e pensionistas. O processo de aforamento à Prefeitura igualmente está
em andamento. No município de Mariana as 23 moradias foram construídas
irregularmente em área da extinta LBA. Nesse município o contrato de
aforamento à Prefeitura já foi assinado os trabalhos encontram-se em fase de
conclusão e em breve essas famílias serão tituladas e, além disso, por conta
da renda prevista na lei de regularização beneficiadas com a isenção do
pagamento do foro e laudêmio.
Outros municípios do Estado de Minas Gerais que estão em processo de
regularização fundiária: Betim, Bicas, Campanário, Divino, Fervedouro,
Governador Valadares, Inconfidentes, Itaobim, João Pinheiro, Juiz de Fora,
Leopoldina, Medina, Belo Horizonte/Minaslândia, Mucuri, Nova Dores do
Paribuna, Oliveira, Orizânia, Padre Paraíso, Pains, Paracatu, Pedro
Leopoldo, Pirapora, Pouso Alto, Realeza e Uberaba. Algumas das áreas desses
municípios foram incluídas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
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