Reajuste de Cartórios passa pela Comissão de Administração


A Comissão de Administração Pública da Assembléia Legislativa aprovou ontem parecer de 1.º turno sobre o Projeto de Lei 1.083/2003, do Poder Executivo, que ajusta a remuneração devida pelos atos praticados pelos oficiais de registro, tabeliães e juízes de paz, responsáveis pelos serviços de natureza extrajudicial. O relator da matéria foi o deputado Domingos Sávio (PSDB), que apresentou um substitutivo. O projeto segue agora para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, antes de ser discutido e votado pelo Plenário.

Segundo o relator, as taxas cobradas pelos cartórios estão expressos em reais e defasados desde 1999 e o substitutivo vem readequar as tabelas de emolumentos e das taxas judiciais, adotando classificação condizente com o direito notarial. Possibilita, ainda, melhor enquadramento da norma estadual fixadora do valor dos emolumentos às diretrizes gerais traçadas pela norma federal pertinente.

Fundo

O substitutivo propõe, entre outras modificações, a adoção de critérios relativos aos selos, no sentido de dar mais segurança contra fraudes. Cria ainda o Fundo de Ressarcimento de Registro Civil para ressarcir os cartórios de registro civil pelos atos gratuitos praticados, além da complementação da receita mínima dos cartórios deficitários no Estado, que hoje chegam a 1,5 mil. O fundo será formado com recursos do selo (0,17 Ufemgs ou R$ 0,20) e complementado com 6% da receita bruta dos cartórios. Até a regulamentação desse fundo, o relator propõe uma regra de transição. Atualmente existem cerca de 3 mil cartórios em Minas Gerais.


Fonte:   Jornal "Minas Gerais" - 05/12/2003