O Conselho Nacional de Justiça deve iniciar este ano um trabalho de registro
civil de idosos que moram em asilos. O projeto intitulado “Resgate Cidadania
das Pessoas Idosas Residentes em Instituições de Longa Permanência” foi
aprovado na última terça-feira (19/6) pela Comissão Permanente de Acesso à
Justiça e Cidadania do CNJ.
O texto foi apresentado pelo conselheiro Silvio Rocha e conta com o apoio do
presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, ministro Carlos Ayres
Brito, e do presidente da Comissão de Cidadania, Ney Freitas
Segundo o conselheiro Sílvio Rocha, o projeto foi inspirado no trabalho
desenvolvido pelo Procurador da República, Jeferson Aparecido Dias, da
Cidade de Marília (SP), e será, a princípio, desenvolvido em Sorocaba (SP).
“Escolhemos Sorocaba por ter mais de 10 instituições com esse perfil. Mas
nossa intenção é exportar o projeto para todo o país. Vamos nos basear em um
levantamento das cidades onde há maior quantidade de idosos asilados”,
adiantou Sílvio Rocha.
A Constituição Federal garante o atendimento de assistência social para os
idosos que não têm meios de prover seu sustento com um benefício mensal de
um salário mínimo.
Na primeira etapa, será identificado se o idoso acolhido é portador de
documentos básicos (certidão de nascimento, casamento, RG e CPF)
imprescindíveis para recebimento de qualquer tipo de benefício.
O projeto também verificará se idoso é detentor de benefícios
previdenciários ou sociais, como aposentadoria por idade ou invalidez e
benefício de prestação continuada.
Após esse levantamento, serão emitidos — se necessário — os documentos
pessoais do acolhido e a proposição de procedimento administrativo junto ao
INSS para obtenção dos benefícios previdenciários ou assistenciais que o
idoso tiver direito.
O projeto contará com apoio do Ministério da Previdência Social; da Caixa
Econômica Federal; do Ministério Público da União; da Defensoria Pública da
União, além dos cartórios. A primeira reunião para tratar do tema deve ser
agendada para julho. Em Sorocaba, o projeto será acompanhado pelo juiz
auxiliar da Presidência do CNJ Sidmar Dias Martins. Com informações da
Assessoria de Imprensa do CNJ.
|