Portugal vai ser o primeiro país europeu a certificar óbitos apenas por via
electrónica. A modernização deste sistema de registo insere-se nas
iniciativas "Simplex 2008" e estará concluída em 2010. Inserida no âmbito do
Programa "Simplex 2008", esta medida prevê que, a partir de Janeiro de 2010,
o sistema que nos últimos cem anos foi utilizado para registar os óbitos
seja substituído por uma aplicação informática que tornará Portugal no
primeiro país da Europa a abandonar totalmente o recurso ao papel para esse
fim.
Com esta iniciativa, o certificado preenchido pelo médico ficará disponível
de imediato numa página na Internet com acesso restrito, através da qual os
restantes serviços do Estado acedem apenas à informação necessária.
O processo é assim desmaterializado, desburocratizado e agilizado, ficando
mais imune ao erro humano. Com a introdução do certificado de óbito
electrónico, o documento já não será entregue à família ou à agência
funerária para posterior envio para a Conservatória do Registo Civil da área
de residência, onde o funcionário fazia a transcrição para um verbete,
depois enviado para Instituto dos Registos e do Notariado (IRN),
Direcção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Estatística (INE). Um
percurso que demorava, em norma, cerca de seis meses, daí haver cidadãos
falecidos a receber notificações, por exemplo, relativas a impostos.
O certificado de óbito electrónico só poderá ser alterado pelo médico, que
terá de ser mais específico a identificar o motivo da morte e, de acordo com
declarações da chefe da Divisão de Estatística da DGS, Andreia Silva: "Em
Junho inicia-se o projecto-piloto, envolvendo todos os hospitais onde já
existe informatização".
Fonte: Portal do Cidadão.
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