Corregedoria através de Plano de Ação garante transparência das correições


“Uma grande mudança” é o que espera o chefe do Gabinete da Corregedoria, Roberto Brant Rocha, com a implementação do Plano de Ações de Fiscalização, idealizado sob a gestão do desembargador Roney Oliveira, corregedor geral de Justiça.

O Plano de Ações vai funcionar como um regimento interno da Corregedoria, estabelecendo procedimentos e padrões a serem cumpridos tanto pelas comarcas, quanto pelos juízes auxiliares da corregedoria e até pelo próprio Corregedor. Ele foi apresentado no provimento 147/2006, publicado no último dia 11 de janeiro e começa a ser executado a partir de fevereiro.

O secretário de Padronização e Planejamento da Corregedoria, Renato Cardoso, cita melhorias, como a transferência do período de realização da Correição Ordinária Anual para os três primeiros meses do ano subseqüente, ao invés do tumultuado mês de dezembro. Os novos formulários, disponíveis no site do Tribunal de Justiça, no link Corregedoria, direcionam a correição através de questionário, contribuindo para a uniformização dos dados colhidos pela Corregedoria.

Transparência
 
Parte das modificações, segundo o chefe de Gabinete Roberto Brant, atendem aos anseios de transparência e moralidade da sociedade atual. Ele cita o artigo 7º do provimento, que reforça as obrigações dos juízes diretores de Foro, em relação à maior visibilidade da audiência pública de instalação da Correição Ordinária Geral.
 
Os juízes diretores terão que anunciar, com pelo menos 10 dias de antecedência e propiciando ampla divulgação, o edital da audiência pública de instalação, contendo a data, local e horário como a primeira oportunidade de recebimento de denúncias, reclamações ou sugestões a respeito dos serviços judiciários, de registro e notas, da polícia judiciária e presídios da comarca. Outra novidade é determinação para que sejam convidadas para a audiência de instalação as autoridades representantes do Ministério Público, Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, do Executivo e Legislativo municipal, advogados e demais autoridades.

Correições Extraordinárias
 
Com base em relatórios da Secretaria de Padronização, um Comitê de Planejamento da Ação Correcional define semestralmente o plano de ação, indicando em quais comarcas foram identificadas necessidade de intervenção, e o tipo de ação a ser implementada. O Plano de Ações pode propor a Correição Extraordinária, Inspeção Técnica ou Solicitação de Informações via ofícios. Compõe o comitê: o corregedor geral de Justiça, os juízes auxiliares da Corregedoria, o secretário de Padronização e Planejamento e o chefe de Gabinete do Corregedor.

O secretário de Planejamento e Padronização, Renato Cardoso, explica que o Plano de Ações atende a necessidade de ação sistematizada do Tribunal de Justiça, em função da grande extensão territorial e do número de comarcas de Minas Gerais. Segundo ele, o plano de ação é realizado em quatro fases: diagnóstico, planejamento, execução e acompanhamento.

O primeiro Plano de Ação, elaborado no último semestre de 2005, já começa a ser aplicado a partir de fevereiro deste ano. Ele propõe Correição Extraordinária em varas de 20 comarcas, Inspeção técnica em varas de 17 comarcas e solicitação de informações em varas de outras 20. Mas esses números ainda podem aumentar, já que a Lei Complementar 85/2005, autorizou a ampliação do quadro da Corregedoria com mais dois juízes auxiliares, além dos seis já em exercício.

Já o chefe de Gabinete Roberto Brant prevê que o plano ainda pode render outros frutos. Ele acredita que, em três anos, todas as 293 comarcas atuais terão passado pela correição, com base nos novos critérios. O Judiciário mineiro passará então a contar com uma valorosa fonte de informações, que poderá ser utilizada pela administração do Tribunal para o planejamento de ações em todo o Estado.


Fonte: Site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais - 16/02/2006