ClaCom o objetivo de evitar fraudes e agilizar o repasse de dados sobre
mortes, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) apresentou um projeto de lei -
o
PLS 245/07 - que obriga os Cartórios de Registro Civil de Pessoas
Naturais a utilizar a internet para informar o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) sobre o registro de óbitos. Essa matéria foi aprovada nesta
quarta-feira (14) pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS). Como a
aprovação ocorreu em decisão terminativa, o projeto deverá ser enviado agora
à Câmara dos Deputados.
As fraudes acontecem, por exemplo, quando se mantém o pagamento de
benefícios destinados a aposentados que já morreram. Ao apresentar o
projeto, em 2007, Renato Casagrande argumentou que essas irregularidades
"ocorrem, sobretudo, em virtude da deficiência no envio das informações ao
INSS". Citando dados fornecidos pelo governo, ele diz que, em 2003, quando
houve o recadastramento de parte dos aposentados, teriam sido gastos cerca
de R$ 3,2 bilhões com o pagamento de benefícios irregulares.
O senador lembra que a lei obriga esses cartórios a comunicar o INSS até o
dia 10 de cada mês sobre o registro de óbitos ocorridos no mês imediatamente
anterior. Mas ele ressalta que isso "não tem sido suficiente para a solução
do problema".
Na justificativa da proposta que apresentou em 2007, Casagrande afirma que
há um impasse entre os Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais e o
Ministério da Previdência Social: "de um lado, os titulares dos cartórios
afirmam que vêm cumprindo seu dever de envio regular de informações sobre o
número de óbitos registrados; de outro, o INSS os acusa de não cumprirem o
disposto na
Lei nº 8.212, de 1991".
Em seu
relatório sobre a matéria, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) defende a
aprovação da proposta e argumenta que a internet é um meio de comunicação
"menos oneroso, mais rápido, seguro e de grande eficácia". Esse projeto de
lei não inclui os cartórios que estejam em locais sem acesso à internet. |