Este mês, completa-se um ano do trâmite, na Assembleia Legislativa (AL), do
Projeto de Lei 18.324/2009 que objetiva privatizar os 1.549 cartórios
extrajudiciais da Bahia. Parado há seis meses, desde que foi retirado da
pauta de discussões em abril, por conta das eleições, o projeto apresentado
pelo Tribunal de Justiça baiano (TJ-BA), por determinação do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), está longe da aprovação.
Além do impasse gerado pela forma híbrida de privatização sugerida,
deputados alegam que o projeto necessita de ajustes por não conter
informações suficientes para análise e votação, como, por exemplo, a
indefinição do destino dos atuais servidores, e os valores das taxas dos
serviços cartoriais.
O projeto prevê que primeiro sejam privatizados os 614 cartórios que estão
sem titulares, por motivos de morte ou aposentadoria. Em seguida, os 935
restantes, por vacância dos titulares o que pode levar de 20 a 40 anos. A
Assembleia culpa o Tribunal de Justiça pelo atraso, dizendo que há
inconsistências no projeto, como, por exemplo, o que será feito dos atuais
servidores.
Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do
Estado da Bahia (Sinpojud-BA), Maria José Silva, em reunião ocorrida
terça-feira, 19, com a presidente do TJ-BA, desembargadora Telma Brito,
ficou prometida a elaboração de um novo projeto de lei em novembro, após as
eleições. A reivindicação é que a categoria possa optar. O que queremos é
que o servidor possa optar pela privatização ou não, diz Maria José.
Transtornos - Enquanto isso, o quadro é de filas e longa espera além de
decisões unilaterais dos tabelionatos, como a recusa em abrir firmas,
confundirem os usuários. Apesar da determinação de que, pelo menos, 14 dos
54 cartórios da capital ofereçam o serviço, as pessoas são orientadas a
procurar o Núcleo de Atendimento Jurídico (NAJ), na Baixa do Sapateiro, ou o
TJ Express, no Shopping Paralela.
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quinta-feira, 21,
Fonte: Jornal A Tarde-BA |