No último dia 30 de agosto, na sede da Anoreg-BR, teve inicio a reunião da
diretoria, aberta aos associados, para debaterem temas importantes, como a
PEC 471/2005, que efetiva os substitutos, assim como a Portaria 149/2007, do
Conselho Nacional de Justiça, que busca a informatização e integração do
banco de dados dos cartórios.
Nessa mesma data foi realizado o “Chá da Rares – Rede Anoreg de
Responsabilidade Social”, coordenado pela diretora Sônia Maria Andrade. O
principal objetivo foi arrecadar livros para as feiras que acontecem em
Brasília neste mês, além de também iniciar a campanha da sede própria.
Muitos titulares fizeram suas doações, sendo que mereceu destaque a
Anoreg-RJ, pela quantia de cinco mil reais.
O presidente da Anoreg-BR, Rogério Portugal Bacellar, citou o exemplo da
reestruturação da “Casa General Osório”, pela Anoreg-RJ, assim como o
trabalho do 7º Oficio de Distribuição do Rio de Janeiro, desenvolvido por
Carlos Eduardo Leite Penteado, com o “Cartório Solidário’. Cumprimentou o
atual presidente da regional carioca, Alan Borges, que tem levado seu apoio,
sempre que possível.
Referente aos temas da pauta da reunião, foi aprovado, por unanimidade, a
concessão de Procuração da Anoreg para os Estados de Santa Catarina e do Rio
Grande do Sul, referentes a questões de concursos e da previdência,
respectivamente. Também foi apresentada a composição do Conselho de Ética da
Anoreg, formada pelos seus vice-presidentes.
Retomando a pauta inicial, manifestaram-se sobre a Portaria n° 149/2007, do
Conselho Nacional de Justiça, informando que nos dias 17 a 19 de setembro,
haverá uma reunião de trabalho onde será tratado o que cada especialidade já
tem desenvolvido de programas em suas áreas. Durante três dias, pela manhã e
pela tarde, os seis institutos membros, além de representantes da Anoreg-BR,
estarão reunidos discutindo a possibilidade de integração dos dados dos
cartórios aos do poder judiciário.
O secretario do CNJ, o juiz Sérgio Tejada, é coordenador dos trabalhos,
assistido pelo juiz Alexandre Silva, representante da presidência daquele
órgão. Importante salientar que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
se antecipou e convidou três cartórios de cada especialidade para iniciarem
a informatização naquele estado.
O presidente do IRIB, Helvécio Duia Castello, informou que alguns institutos
estavam trabalhando em conjunto com a Universidade de Santa Catarina, que é
a base tecnológica do governo, e que estariam desenvolvendo conexões entre
as bases de dados com índices localizadores, com o CPF ou com o CNPJ. Em sua
opinião, quando esses programas estiverem em plena operação todos os níveis
de autoridades publicas estarão acessando o sistema.
Houve consenso na reunião sobre a necessidade da desmaterização do processo
em meio papel. Mesmo com toda tecnologia disponível atualmente, descreveram
alguns problemas que certamente poderão ocorrer: Como será feito? Qual forma
será utilizada? Em que velocidade? Muitas dúvidas ainda poderão surgir.
Sobre o outro tema debatido, a PEC 471/2005, os diretores da Anoreg-BR se
posicionaram sobre a necessidade do concurso público para ingresso na
atividade notarial e de registro. Apesar de todos reconhecerem a importância
desse critério de ingresso, alguns associados discutiram a real necessidade
da proposição, apresentada na Câmara dos Deputados. A maioria foi favorável
à apresentação de emendas. O presidente Rogério Bacellar conduziu os
trabalhos de forma democrática, onde todos puderam externar suas opiniões,
favoráveis ou contrárias. Deixou claro que a entidade nacional não tem
camisa, nem estado, nem especialidade, defendendo a neutralidade da
Anoreg-BR.
Alexandre Arcaro, presidente da nova Associação dos Titulares de Cartórios
do Estado de São Paulo, questionou a quem interessava essa PEC e junto com o
colega Humberto Monteiro, titular de Nova Iguaçu/RJ, posicionou-se contrário
à proposição mas favorável a discutir a apresentação de um novo texto. O
vice-presidente Cláudio Marçal esclareceu que desde 1969 existe lei de
concurso em São Paulo, lembrou que a primeira foi elaborada pelo renomado
professor Hely Lopes Meirelles. Pediu para verificarem como era o ingresso
no início da carreira. Sobre a outorga de delegação, afirmou que essas
pessoas que hoje são considerados mais experientes, passaram nos concursos e
conhecem a realidade dos serviços. Salientou que os titulares antigos do
Estado de São Paulo foram habilitados pela corregedoria, pela banca
examinadora e pela OAB.
De acordo com os participantes, haverá algumas opções de escolha pelos
legisladores para ocorrer a efetivação. As propostas mais discutidas foram:
1. Quem preencher os requisitos da Emenda 22;
2. Quem estiver no período de 1988 a 1994 quando houve o vacatio legis;
3. Os titulares dos cartórios vagos há mais de cinco anos, com parâmetro nas
leis estaduais;
4. A Constituição Federal (1988)
Uma questão interessante foi salientada: o de colocar os concursos em
quarentena. Quem passar ficaria proibido de fazer concurso com menos de dois
anos, a contar da data em que ingressou. Muitos lembraram que tem titular
que passa nos concursos e ao invés de investir naquele cartório busca
constantemente a remoção, sem se preocupar com o aperfeiçoamento do serviço.
Disseram que quem escolheu e não tomou posse deve ter alguma punição.
Após vários posicionamentos, foi formada uma comissão composta com os
seguintes membros: Humberto Monteiro (RJ), Paulo Risso (MG), Paulo Pedra
(MS), Alexandre Arcaro (SP), Lamana Paiva (RS), Estenio Cavalcanti (RJ),
Aníbal (AM) e Pedro Ludovico (GO). Ficou agendada que a primeira reunião do
grupo será no dia 3 de outubro, com o objetivo de apresentar um modelo de
redação à diretoria da Anoreg-BR. |