A partir do dia 5 de janeiro, cartórios de registro civil de todo o país
começarão a receber computadores e cursos de capacitação dos seus
funcionários para a emissão de novas certidões de nascimento, casamento e
óbito, dentro de formulários padronizados. Lançados nesta terça-feira
(14/12), esses documentos passarão a ter papel especial, marca d’água e
outros itens que permitirão maior segurança por parte de órgãos de controle
e evitarão falsificações. Os novos modelos são resultado de parceria firmada
entre a Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Ministério da
Justiça e a Casa da Moeda do Brasil.
Na prática, os formulários serão elaborados conforme vários elementos de
segurança, dentro de mecanismos semelhantes aos da impressão das cédulas de
real – embora em papel de outro tipo. As certidões também contarão com
imagens diferenciadas na base do papel. O ministro da Justiça, Luiz Paulo
Barreto, destacou a importância da parceria ao ressaltar que a confecção de
documentos mais seguros de registros de nascimento, casamento e de óbito
contribui, assim, para a cidadania plena dos brasileiros.
Verificação - De acordo com o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional
de Justiça Ricardo Chimenti, há mais de dois anos a Corregedoria do CNJ tem
atuado em parcerias com os demais órgãos, implementando medidas capazes de
garantir maior segurança aos registros. Ricardo Chimenti lembrou que o novo
papel, somado ao número de matrícula já existente nas certidões,
impossibilitará fraudes.
Além disso, com o projeto, os cartórios vão receber um kit formado por
computador (uma vez que cerca de 1.200 cartórios do país ainda não são
informatizados), sistema de impressão para a emissão dos documentos e uma
certificação digital, por parte da Casa da Moeda. Certificação, esta, que
permitirá a interligação dos cartórios às maternidades conforme o provimento
13 da Corregedoria Nacional de Justiça – referente à emissão de certidão de
nascimento nos estabelecimentos de saúde que realizam partos.
“Trata-se de uma ação que materializa avanço relevante para os Direitos
Humanos”, afirmou o secretário executivo da secretaria de Direitos Humanos
da Presidência da República, Rogério Sottili. “Nossa intenção foi fazer
destes registros, documentos de segurança. Os elementos que passam a existir
nas certidões são importantes para garantir a cidadania das pessoas”,
completou o presidente da Casa da Moeda do Brasil, Luiz Felipe Denucci. |