O desembargador Célio César Paduani,
corregedor-geral de Justiça, participou hoje, dia 23 de junho, de sua última
sessão na Corte Superior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O
magistrado se aposenta no início de julho. No início da sessão, Célio César
Paduani foi homenageado por sua trajetória na magistratura. O desembargador
Roney Oliveira, o primeiro a falar, destacou as habilidades de Paduani não
apenas na área jurídica, mas também na poesia, na filosofia e na execução
penal. “Teve uma carreira brilhante e se distinguiu em todos os lugares por
onde passou. Tudo isso sem perder a simplicidade de quem teve um berço
sólido e uma formação ética de primeira linha”, afirmou.
Roney Oliveira lembrou que Paduani é um vencedor, que travou muitas
batalhas. “Mostrou eficiência no árduo trabalho como corregedor. Não deixou
de cumprir seu dever e nem de ser duro quando necessário”, disse. O
desembargador, que foi colega de faculdade de Paduani, relembrou os anos no
ensino superior e o talento do corregedor-geral para o jornalismo e a arte
literária: “Com seu valor intelectual, terá tempo agora, com a
aposentadoria, para sua produção literária e o magistério”.
Belizário de Lacerda sugeriu que Célio César Paduani “continue a perseverar
na literatura poética, filosófica e do Direito”. O desembargador disse que o
corregedor-geral ainda deve a seus leitores e assíduos admiradores uma obra
jurídica de sua autoria. “Suplico que dê asas a sua produção científica”,
pontuou. A desembargadora Jane Silva também prestou suas homenagens,
agradecendo a Paduani pelo apoio ao Centro de Estudos Jurídicos Juiz Ronaldo
Cunha Campos. A magistrada lembrou que o corregedor-geral foi um dos
incentivadores do Centro. A Advocacia-Geral do Estado, por meio de um dos
seus procuradores, também aderiu às homenagens.
Célio César Paduani agradeceu pelas palavras e afirmou que sentirá muita
saudade do TJMG. “Nunca pensei que chegaria a tanto, ao fim da minha
carreira jurídica e à velhice”, disse. O corregedor-geral de Justiça lembrou
a infância modesta, com o primeiro trabalho, como engraxate, e falou um
pouco de sua trajetória, do curso primário até a Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), passando pelo Ministério Público após a aprovação em
concurso e chegando, anos depois, ao Tribunal de Alçada e ao TJMG. “São 42
anos de serviço público. Sempre me dediquei. Houve equívocos, mas procurei
acertar sempre. Que Deus me perdoe pelos erros”, concluiu. |