A Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (10), em
decisão terminativa, projeto do senador Aloizio Mercadante (PT/SP)
autorizando noivos a apresentarem pela internet, junto ao oficial do
Registro Civil, o requerimento de habilitação para casamento. Isso desde que
haja o credenciamento antecipado junto ao Judiciário da assinatura
eletrônica dos requerentes.
O objetivo do projeto (PLS
386/09) é desburocratizar o casamento civil, facilitando a vida dos
noivos, que assim não precisarão submeter-se a filas. Em sua justificação, o
senador Aloizio Mercadante explica que os órgãos de administração pública,
principalmente no Judiciário, estão desenvolvendo sistemas dotados de
capacidade para viabilizar o processo eletrônico, protegendo a integridade e
autenticidade dos textos e o seu armazenamento de forma confiável.
O projeto ainda vai à deliberação da Câmara. Quando sancionado, a lei só
entrará em vigor 180 dias depois da publicação oficial, a fim de que, neste
intervalo, os cartórios tenham tempo para se adequar à nova regra.
Relatora do projeto, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) disse que a
iniciativa converge para os procedimentos judiciais que visam à eliminação
do processo em papel, mediante a utilização da internet.
Ela afirmou que essa tendência é ilustrada pelas ações submetidas ao
escrutínio dos Juizados Especiais Federais, em sua maioria realizadas sob o
modo virtual, passando à fase de decisão e, em seguida, à publicação, sempre
pela via eletrônica.
- A alternativa oferecida pela proposição, de que se requeira a habilitação
para o casamento pela via eletrônica, é compatível com os dias atuais,
quando se busca evitar o tráfego de veículos nas grandes cidades, reduzir o
gasto com combustíveis, diminuir a utilização de papel e a consequente
derrubada de árvores. Tudo de modo a facilitar o acesso do cidadão aos
serviços públicos - afirmou Serys, ao ler seu relatório.
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