A ministra Eliana Calmon foi indicada, nesta terça-feira (3), pelo Pleno
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o cargo de corregedora nacional
de Justiça. Eleita por aclamação, ela substituirá o ministro Gilson Dipp.
Durante os dois anos de mandato, a ministra permanecerá afastada dos
julgamentos da Segunda Turma e da Primeira Seção, mas continuará atuando
normalmente na Corte Especial do STJ.
Emocionada, a ministra afirmou que queria muito este cargo no Conselho
Nacional de Justiça (CNJ). Magistrada há 32 anos, a ministra Calmon destacou
que não será fácil substituir o ministro Dipp, que fez uma excelente
administração à frente da Corregedoria Nacional de Justiça. “O ministro
Gilson Dipp quebrou paradigmas. Farei dele um exemplo, com as nuances
próprias da minha personalidade. Estejam certo que não os decepcionarei e
farei o que eu sempre faço: amar a magistratura e fazer de meu trabalho a
minha religião”.
Antes de ser empossada, a ministra precisa ter sua indicação aprovada pela
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e pelo plenário do
Senado Federal e, posteriormente, ser nomeada pelo presidente da República.
Baiana da capital, Eliana Calmon é a primeira juíza togada a chegar a um
tribunal superior. Foi empossada no STJ em 1999, após ter exercido as
funções de procuradora da República, na Subprocuradoria-Geral da República;
de juíza federal, na Seção Judiciária da Bahia; e de juíza do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região.
Além do corregedor, o CNJ é composto por outros 14 membros, sendo nove deles
do Judiciário. O conselho é presidido pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), que indica dois magistrados da Justiça estadual. Ao STJ cabe
indicar um ministro para a Corregedoria Nacional de Justiça e dois
magistrados da Justiça Federal. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) também
indica um ministro, além de dois juízes do Trabalho. Os outros seis
integrantes são escolhidos pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo
Ministério Público, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
O CNJ controla a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário,
bem como o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
Foto - Ministra Eliana Calmon é eleita para o cargo de corregedora
nacional de Justiça
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