O governador Antonio Anastasia deu posse, nesta segunda-feira (17/05), no
Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa, ao novo secretário da Fazenda,
Leonardo Colombini, e ao secretário-adjunto, Pedro Meneguetti. O novo
secretário da Fazenda já integrava a equipe como secretário-adjunto e
substitui Simão Cirineu, que deixou o cargo por questões pessoais e se
mantém na equipe como Assessor Especial do Governo.
Em seu pronunciamento, o governador Antonio Anastasia disse que mesmo com a
mudança, o importante é a manutenção da equipe coesa na condução dos
trabalhos.
“É uma continuidade. A linha não está sendo e não foi rompida em nenhum
momento. A equipe se mantém integrada, harmônica, coesa e nós todos sabemos
da responsabilidade da questão que é o tema fazendário. Toda esta equipe
está integrada e o segredo é a equipe. A harmonia da equipe é a integração”,
disse o governador.
Segundo Colombini, a mesma equipe que atua na Secretaria da Fazenda há sete
anos vai continuar engajada nos programas do governo e tentar melhorar as
metas estabelecidas para este ano. O trabalho envolve também a parceria com
outras secretarias de Estado e na busca de cumprir todo o Orçamento e
investimentos aprovados para este ano.
“A equipe da Fazenda estava aqui presente e essa equipe será mantida. A
Fazenda não muda, a política é a mesma. Estamos engajados no programa do
governo. A Fazenda está no seu rumo, tem as suas metas, e vamos mantê-las.
Vamos buscar, logicamente, sempre melhorar, mas vamos manter o padrão e a
parceria que a Fazenda mantém hoje com todo o Estado, com todas as
secretarias”, afirmou.
Ainda no Palácio Tiradentes, o secretário Leonardo Colombini empossou o
secretário-adjunto de Fazenda, Pedro Meneguetti, nomeado para o cargo pelo
governador Antônio Anastasia.
Crescimento
Em entrevista, o secretário Colombini afirmou que assume o governo otimista
com o crescimento da receita do Estado, que ele espera será maior do que a
média nacional. Segundo ele, a previsão do Governo Federal é de um
crescimento de 6% da economia brasileira neste ano e a mineira, de 7%:
“Normalmente, quando a economia recupera, Minas cresce mais um pouquinho que
o Brasil. Isso sempre ocorreu até 2008. Mas também quando houve a queda,
Minas foi onde a economia caiu mais. Então, a economia de Minas é muito
vinculada ao crescimento do país. O Governo Federal fala em 6%, e nós já
estamos trabalhando aqui com 7%. E isso com certeza vai gerar mais recursos
para o Estado”, analisou o novo secretário.
Experiência
Natural de Ressaquinha, no Campo das Vertentes em Minas Gerais, Leonardo
Maurício Colombini Limaé bacharel em Ciências Contábeis. Trabalha no Governo
de Minas desde 2003 quando exerceu as funções de Assessor Especial da
Secretaria de Estado da Fazenda, subsecretário do Tesouro Estadual e
secretário-adjunto da Fazenda. Atuou também nos Conselhos de Administração
da Minas Gerais Participações (MGI) e da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig).
No Governo Federal foi assessor especial do Ministro da Casa Civil da
Presidência da República. Servidor de carreira do Banco Central, onde
ingressou em 1976, exerceu, dentre outros cargos, o de Auditor-Chefe de
Divisão, Chefe Adjunto do Departamento de Administração Financeira, Delegado
Adjunto e Delegado Regional do Banco Central em Minas Gerais. Foi ainda
presidente do Conselho Fiscal da Fundação Banco Central de Previdência.
Na iniciativa privada, foi consultor nas áreas financeira, administrativa e
contábil de diversas empresas de Minas Gerais, como a Siderúrgica
Belgo-Mineira, hoje Arcelor-Mittal, e também em empresas de Goiás e Distrito
Federal.
Transmissão de cargos na SEF e elogios à equipe e às parcerias
No final da tarde dessa segunda-feira 17/5, no auditório da SEF/MG e com a
presença de muitos servidores fazendários, foi realizada a solenidade de
transmissão de cargos. Ao transmitir o cargo ao secretário Leonardo
Colombini, o ex-secretário Simão Cirineu justificou sua saída, apontando
questões pessoais e familiares. Disse o ex-secretário que deixava o comando
da Fazenda nas mãos de uma equipe que tem total compromisso com a Casa e
isto é um motivo de muita alegria para ele. Simão Cirineu continuará
trabalhando como Assessor Especial do Governo de Minas, prestando serviços e
assessoria tanto para a SEF quanto para as demais secretarias de Estado.
Empossado como secretário-adjunto da Fazenda, cargo acumulado com o de
subsecretário da Receita Estadual, Pedro Meneguetti lembrou sua trajetória
na SEF, destacou a simplicidade do ex-secretário Simão Cirineu e seu cuidado
com a coisa pública, e ressaltou o trabalho que vem sendo realizado em
parceria com o Ministério Público do Estado e com a Advocacia Geral do
Estado, seja no combate à sonegação, seja na cobrança da dívida ativa.
“Vamos manter esta parceria” – disse ele, ao agradecer a presença de
representantes do MPE e da AGE e a colaboração dos servidores fazendários.
De sua parte, o novo secretário de Fazenda agradeceu o apoio de sua família
e a competência das pessoas que trabalham nesta Secretaria. Segundo ele, não
é possível desenvolver um trabalho profícuo e alcançar o sucesso sem apoio
familiar e pessoas competentes e compromissadas. Nesses últimos sete anos,
disse Leonardo Colombini, o trabalho dessa equipe mudou o perfil da SEF.
“Fizemos muito e muito poderemos ainda fazer. Os ex-secretários Fuad e Simão
Cirineu souberam dar rumo a este barco e agora nós não vamos deixá-lo sequer
balançar. O reconhecimento a esse trabalho está na decisão do Governador do
Estado de manter no comando da SEF a equipe que aqui já está. Continuo
contando com a colaboração de todos os servidores fazendários, seja da área
fiscal, financeira e administrativa - encerrou Colombini.
Ao ato de transmissão de cargos estiveram presentes a esposa do secretário
Colombini, Marília Ribas, a esposa do secretário-adjunto Meneguetti, Vânia
Meneguetti, o chefe de Gabinete da SEF, José Luiz Ricardo, superintendentes,
diretores e assessores da SEF, representantes da Advocacia Geral do Estado,
Alberto Guimarães e Onofre Batista, e do Ministério Público, Rogério
Fillipetto.
Entrevista à Assessoria de Imprensa do Governo
Secretário Colombini, quais os principais desafios daqui para frente?
Na Fazenda, pretendemos e vamos manter a equipe. Não vai haver nenhuma
mudança na equipe. O governador demonstrou isso, inclusive à medida em que
me manteve, eu era adjunto, agora como secretário, e alçamos o subsecretário
da Receita para assumir a secretaria adjunta. A equipe da Fazenda estava
aqui presente e essa equipe será mantida, a Fazenda não muda, a política é a
mesma, estamos engajados no programa do governo. A Fazenda está no seu rumo,
tem as suas metas, e vamos mantê-las. E vamos buscar, logicamente, sempre
melhorar. Mas vamos manter o padrão e a parceria que a Fazenda mantém hoje
com todo o Estado, todas as secretarias, não só com a Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, com a Secretaria de Planejamento, mas com todas
as secretarias.
Tem algum projeto específico que vai demandar mais atenção?
Os projetos todos já estão delineados. Precisamos buscar recursos. A Fazenda
trabalha sempre procurando recursos. Temos alguns projetos de negociação de
dívidas, buscar créditos para cobrir alguma deficiência. O ano de 2009 foi
um ano complicado para a economia mineira, principalmente, foi o ano da
crise. A economia mineira sofreu muito. E estamos recuperar as perdas de
2009. Temos projetos para tentar buscar algumas outras fontes de recurso. E
trabalhar fortemente na arrecadação do nosso principal imposto, que é o
ICMS. Temos alguns projetos que vão ser mantidos e vamos trabalhar
fortemente para perseguir para o Estado todos os objetivos necessários para
cumprir todo o Orçamento e todas as suas necessidades de investimentos.
O governo federal trabalha com crescimento acima de 6%. Em Minas Gerais
como vai ficar?
Isso é muito interessante esse crescimento de Minas previsto no governo
federal. Normalmente, quando a economia recupera, Minas cresce mais um
pouquinho que o Brasil. Isso sempre ocorreu até 2008. Mas também quando
houve a queda, Minas foi onde a economia caiu mais. Então, a economia de
Minas é muito vinculada ao crescimento do país, mas normalmente cresce mais
do que o PIB do país. O governo federal fala em 6%, e já estamos trabalhando
aqui com 7%. E isso com certeza vai gerar mais recursos para o Estado.
Isso está consolidado, já há uma recuperação firme?
Tem uma recuperação muito firme. Para se ter uma idéia, o ICMS arrecadado,
que a gente chama de ICMS puro, em abril, foi quase 20% superior ao ICMS
arrecadado em abril de 2009. Isso demonstra uma recuperação muito forte na
economia e na arrecadação do Estado.
O ex-secretário Simão Cirineu vai continuar trabalhando em Brasília, qual
vai ser o papel dele?
Ele vai trabalhar em Brasília, continua como assessor especial da Secretaria
de Fazenda, pelo governo, tratando de assuntos específicos na área
econômica, financeira, e negociações, principalmente, com o Governo Federal.
O trabalho do dr. Simão é muito reconhecido junto ao Governo Federal. Ele
deverá prestar realmente um auxílio muito forte ao Estado. Ele é assessor da
Secretaria de Fazenda e do Governo do Estado. |