Registros Públicos é tema de palestra

 

O evento, realizado em Uberlândia, reuniu notários e registradores.

Em palestra realizada na abertura do Encontro Regional de Registradores, Notários e Tabeliães em Uberlândia, no dia 18 de maio, o desembargador Marcelo Guimarães Rodrigues, da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, apresentou o tema “Registros Públicos – visão geral, aspectos relevantes e importância para a democracia”.
 


PALESTRA: O desembargador Marcelo Rodrigues participou
do Encontro Regional de Registradores e Notários

Com a presença de notários, tabeliães e registradores de todo o Estado, além de juízes e advogados, o desembargador foi convidado para o evento pelo presidente da Associação dos Serventuários de Justiça do Estado de Minas Gerais (Serjus), Roberto Dias de Andrade.

O magistrado já foi titular da Vara de Registros Públicos de Belo Horizonte (1997/2006), e ainda examinador efetivo do último concurso público para provimento Serviços Notariais e de Registros Públicos, realizados pelo TJMG em 2005. Em sua palestra, o jurista fez uma apresentação de toda a legislação brasileira que envolve a matéria do registros públicos, destacando sua importância para a garantia dos direitos fundamentais da cidadania da pessoa natural.

Além disso, o desembargador Marcelo Rodrigues destacou a utilização desses direitos como instrumento eficaz na luta para erradicar a pobreza, mediante programas de regularização fundiária já em curso no Brasil. Ele citou que esses projetos já contam com o apoio de organismos internacionais, a exemplo do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Banco Mundial e Comissão específica da ONU.

Os direitos de propriedade também foram abordados pelo magistrado, que destacou o registro imobiliário como meio de assegurar a democracia. Ele lembrou que não existe democracia onde o direito de propriedade não é plenamente assegurado, pois se trata de direito natural da pessoa humana.

Um outro fator apresentado pelo desembargador foi a importância dos registros para a economia nacional. Marcelo Rodrigues ressaltou que “essas práticas geram efeitos multiplicadores a partir da transformação da propriedade imobiliária de um simples ativo físico em verdadeiro ativo econômico, possibilitando o acesso ao crédito a uma larga parcela da população”. O membro da 11ª Câmara Cível do TJMG lembrou que o crédito movimenta cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o que corresponde a 20 bilhões de reais, existindo espaço para um incremento significativo dessa cifra, justamente com a parceira do registro imobiliário, dado que, em todo o mundo, este registro atua de forma eficiente para combater a pobreza, diminuir as taxas de juros, promover o crédito, atrair os investimentos de capital, eliminar os empréstimos usurários, proteger as pessoas das fraudes na contratação imobiliária e simplificar os procedimentos legais.

 

Fonte: Site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais - 04/06/2007

Nota de responsabilidade

As informações aqui veiculadas têm intuito meramente informativo e reportam-se às fontes indicadas. A SERJUS não assume qualquer responsabilidade pelo teor do que aqui é veiculado. Qualquer dúvida, o consulente deverá consultar as fontes indicadas.