Ao completar quatro anos de funcionamento neste mês, o Sistema de Processo
Eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (E-CNJ) vai passar por um
aperfeiçoamento para incorporar a certificação digital no trâmite
processual. Para Marivaldo Dantas, juiz auxiliar da Presidência do CNJ, o
uso do certificado digital nos padrões da ICP-Brasil representa uma grande
evolução para o sistema. Atualmente, o acesso é por meio de login e senha.
O sistema já se consolidou. Agora precisa incorporar novas tecnologias. “O
processo eletrônico é algo sem volta, sem retorno”, afirma Dantas. Graças à
tecnologia, os conselheiros do CNJ podem despachar processos de qualquer
lugar, inclusive de outros países. Mas os advogados, para entrar com
processo, precisam fazer um precadastro no sistema e depois comparecer a um
tribunal para confirmar o cadastro. Com a certificação, isso acaba.
Nesses quatro anos, foram autuados 25,3 mil processos no E-CNJ, mas somente
3.484 deles estão em tramitação. O sistema registra uma média de 12 mil
acessos diários e 7.295 usuários cadastrados.
Com a implantação do sistema em fevereiro de 2007, o CNJ eliminou o uso de
papel em processos, o que representa economia significativa de recursos.
Segundo Giscard Stephanou Silva, chefe do Departamento de Tecnologia da
Informação do CNJ, o processo eletrônico com maior volume de informações, se
fosse impresso, resultaria em 115 volumes de 200 páginas cada.
|