Grupo de trabalho formado por desembargadores apresentou ao corregedor
nacional de Justiça no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Cesar
Asfor Rocha, nesta terça-feira (19/08), soluções que darão maior rapidez e
efetividade a serviços judiciais e extrajudiciais. Sete temas foram
abordados: cartas precatórias, investigação de paternidade e regularização
de registro civil, consolidação normativa unificada das rotinas cartorárias
das serventias extrajudiciais, distribuição criminal, penas alternativas,
tribunal do júri e concursos públicos, especificamente em relação à
unificação de regras relativas aos provimentos de cargos de delegatórios
extrajudiciais e promoção de juízes.
Para o corregedor nacional de Justiça, as propostas elaboradas pelos
desembargadores serão de grande valia para a implementação de novos projetos
pelo Conselho Nacional de Justiça: "Mais do que projetos, será importante
para a realização do nosso sonho de ver a prestação jurisdicional mais
celeremente aplicada" enfatizou.
Abrindo a reunião, o grupo de trabalho sobre carta precatória sugeriu a
criação de um sistema on-line interligando todos os Tribunais de Justiça do
país, para a emissão e acompanhamento de cartas precatórias com a utilização
da certificação digital. O ministro Cesar Rocha ressaltou a importância da
virtualização da carta precatória como forma de reduzir a angústia da lenta
tramitação desse tipo de procedimento, que pode render até dois anos de
espera.
O grupo responsável pela investigação de paternidade e registro civil
propôs, entre outros pontos, a criação de um cadastro nacional único de
identificação - nos moldes do utilizado pela Justiça Eleitoral -, a
instalação de postos de registro de nascimento dentro das maternidades e a
racionalização das ações de reconhecimento de paternidade por meio da
audiência de conciliação.
A unificação das rotinas cartorárias foi consolidada em um documento único
contendo 600 artigos, que envolvem desde a padronização das capas e
identificação dos processos até a implantação de um sistema único de gestão
criminal.
Sobre a aplicação de penas alternativas, os estudos realizados pelo grupo
mostraram que sua aplicação é uma preocupação mundial, já que o custo de um
preso é suficiente para manter 10 alunos em escola pública de ensino
fundamental. Entre as sugestões apresentadas, estão o fortalecimento da
estrutura de fiscalização do cumprimento da pena, a criação de varas
especializadas em penas alternativas e a criação de núcleos de monitoramento
psicossocial Para o ministro Cesar Rocha, a sociedade e o Poder Judiciário
precisam quebrar a resistência e priorizar a aplicação das penas
alternativas.
Cesar Asfor Rocha, que, no dia 3 de setembro, deixará a Corregedoria
Nacional de Justiça para assumir a Presidência do Superior Tribunal de
Justiça, enalteceu o trabalho realizado pelos grupos, agradeceu o empenho
dos desembargadores e garantiu que todas as propostas serão minuciosamente
analisadas. Segundo o ministro, além de cumprir sua missão disciplinar, o
Conselho Nacional de Justiça está fortalecendo seu papel de planejador das
atividades judiciais visando à melhora da prestação jurisdicional.
Fonte: Assessoria de Comunicação STJ
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