Transição entre antigos e novos titulares será feita durante os próximos 30
dias
Nesta quarta-feira, o Pleno do Tribunal de Justiça homologa os candidatos
aprovados no concurso público dos cartórios em Santa Catarina. Depois da
publicação no Diário Oficial do Estado, os novos titulares assumem nos
cartórios que escolheram para atuar, conforme a classificação. Serão 30 dias
de transição, quando os antigos titulares deverão passar o inventário do
cartório aos aprovados.
O concurso chega ao fim depois de quase três anos e centenas de ações
pedindo sua impugnação negadas na Justiça. A resistência dos antigos
titulares em deixar os cargos protelou a finalização do concurso.
Ao usuário dos cartórios, nada muda: os preços dos serviços não podem ser
reajustados. Para o desembargador Volnei Carlin, os serviços tendem a
melhorar, com pessoas qualificadas e que passaram por um processo seletivo
como responsáveis.
A expectativa de dois dos primeiros colocados é que a publicação da
homologação ocorra na quinta-feira para que no mesmo dia já possam assumir
seus cargos. Segundo o desembargador, a obrigação dos antigos titulares é
passar todas as informações, principalmente os livros de registro e as
contas do cartório durante os 30 dias de transição.
Naurican Ludovico Lacerda, 41 anos, primeiro colocado no registro de
imóveis, assumirá o cartório de São José. Esteve no cartório, conheceu os
funcionários e já tem planos para aumentar o número de trabalhadores e
também o espaço para atender a população. Acredita que teve sorte por
escolher um cartório com um titular sensato, e que não deve ter problemas na
transição:
– Não é o que deve acontecer em vários outros.
Torcida é por transição sem maiores problemas
A segunda colocada no registro de imóveis e primeira colocada nas outras
três serventias (registro civil, tabelionato de notas e protesto de títulos
e escrivania de paz), Bianca Castellar de Faria, 33 anos, também assumirá o
cartório de Joinville sem problemas de transição. A antiga titular renunciou
ao cargo.
Bianca acredita que nos locais onde o antigo titular tem bom senso e fez a
rescisão dos funcionários, o trabalho se encaminhará mais facilmente. Ela
espera que situações de necessidade de mandados judiciais de busca e
apreensão dos livros de cartórios, como as vistas no Estado do Maranhão, não
se repitam no Estado.
Fonte:Diário Catarinense Online - Florianópolis/SC
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