Os integrantes do comitê executivo do Fórum Nacional para Monitoramento e
Resolução de Conflitos Fundiários Rurais e Urbanos – vinculado ao Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) - propuseram a criação de uma comissão permanente
voltada para o monitoramento e correição dos cartórios de imóveis em todo o
país. A proposta, debatida durante reunião nesta segunda-feira (13/07), em
Brasília, objetiva corrigir os registros que apresentem ilegalidade e os que
possam trazer insegurança jurídica, como forma de pacificar os conflitos de
terras.
A sugestão foi apresentada, também, como maneira de ampliar os trabalhos da
Corregedoria Nacional de Justiça a serem feitas nos cartórios do país, a
exemplo da inspeção que será iniciada nesta quarta-feira (15/07), nos
cartórios do Pará. “O trabalho a ser realizado por este grupo proposto pelo
comitê não se trata de inspeção e sim, de correição. Tem como intuito adotar
providências possíveis para sanear o registro imobiliário e evitar
ilegalidades”, explicou o juiz auxiliar da presidência do CNJ, Marcelo
Berthe.
Fórum - Ao longo da reunião, os membros do comitê também acertaram
vários detalhes para a realização do Fórum, previsto para acontecer no Mato
Grosso do Sul (MS) entre os dias 29 de setembro e 2 de outubro. Nas próximas
semanas, integrantes do grupo manterão contatos com os presidentes do
Tribunal de Justiça daquele estado (TJMS) e o Tribunal Regional do Trabalho
da 24ª. Região, localizado no MS – o TRT 24.
Lançado pelo CNJ em maio passado, o Fórum tem como objetivo ajudar na
solução de conflitos fundiários no âmbito do Judiciário. Dentre os trabalhos
que estão sendo discutidos, destacam-se – além do seminário para instalação
do mesmo – a realização de um levantamento sobre os conflitos agrários junto
a todos os tribunais do país e nos órgãos do Executivo. Também estão entre
as propostas já apresentadas a criação de novas varas estaduais voltadas
exclusivamente para conflitos agrários e recomendações a serem feitas ao
Conselho da Justiça Federal (CJF) e ao Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP) para que invistam na criação de promotorias e varas federais
especializadas.
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