A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), está investigando denúncias de irregularidades nos cartórios
extrajudiciais do oeste da Bahia. “A situação dos cartórios extrajudiciais é
caótica e a Corregedoria está envidando esforços para minorar os problemas”,
afirma a ministra Eliana Calmon, corregedora Nacional de Justiça.
As investigações têm o objetivo de apurar, também, a possível
responsabilidade do Tribunal de Justiça daquele estado (TJBA) pela
desorganização. Segundo a ministra, falta estrutura administrativa aos
cartórios, o que acaba gerando “corrupção em níveis preocupantes” devido à
omissão dos tribunais.
No oeste baiano há, por exemplo, suspeita de registro de terras em
duplicidade. Segundo informações da Corregedoria, o problema é mais grave
naquela região por causa da valorização das terras, mas a necessidade de
modernização atinge todos os cartórios do estado. Por todos estes motivos, o
CNJ vem negociando com o Tribunal de Justiça da Bahia a privatização dos
cartórios extrajudiciais, que hoje funcionam precariamente no estado.
Nesta segunda-feira (08/08), um grupo de deputados estaduais baianos vem a
Brasília para reunião com a ministra Eliana Calmon. Eles querem discutir o
projeto de lei que estabelece a privatização dos cartórios.
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