Estudo mostra que homens e mulheres estão
casando mais tarde.
Índice de divórcios também aumentou nos últimos dez anos.
O casamento continua em alta no Brasil. De acordo com o relatório
“Estatísticas do Registro Civil referentes de 2008” divulgado nesta
quarta-feira (25) pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE),
o total de casamentos registrados no Brasil aumentou 4,5% entre 2007 e 2008.
Segundo o IBGE, a melhoria aos serviços de registro civil de casamento, a
maior procura dos casais por formalizarem suas uniões consensuais,
incentivados pelo código civil renovado em 2002 e as ofertas de casamentos
coletivos promovidos contribuíram para este crescimento estatístico.
O estudo mostra também que homens e mulheres estão casando mais tarde.
Comparando 1998 e 2008, o número de casamentos de pessoas maiores de 15 anos
no país cresceu 34,8%, superando o crescimento vegetativo da população nessa
faixa de idade, que ficou em 21,4%.
Os índices de mulheres que se casam são maiores nos dois grupos etários mais
jovens (15 a 19 anos e 20 a 24 anos). Os homens tiveram taxa mais elevada no
grupo etário entre 25 e 29 anos (32,7‰), sendo este valor mais elevado que o
observado em 1998 (29,3‰).
Outro dado curioso apresentado pelo estudo é que o número de casamento entre
pessoas com mais de 60 anos aumentou nos últimos dez anos: 4% dos casamentos
de 2008 contemplavam homens de 60 a 64 anos, mas apenas 1,6% das uniões
tinham mulheres desta mesma idade. Em outras palavras, os homens mais velhos
se casam com mulheres mais jovens.
O índice de casamento entre solteiros foi de 82,7%. Em seguida aparecem os
casamentos entre homens divorciados com mulheres solteiras (7,4%); a união
de mulheres divorciadas com homens solteiros (4,1%) e o casamento entre
divorciados (2,7%). O Rio de Janeiro é o estado com a menor proporção de
casamentos entre solteiros (77,3%) e que a porcentagem mais elevada foi
obtida no Piauí, (92,9%).Os casamentos entre indivíduos divorciados
atingiram as maiores proporções no Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo, com
3,8%.
Separações e divórcios
A taxa de separações manteve-se estável em relação a 2004, permanecendo em
0,8‰, a de divórcios cresceu, chegando a 1,5‰, a maior do período analisado.
Em 88,7% dos divórcios concedidos no Brasil no ano passado, a guarda dos
filhos foi concedida às mulheres.
O estado que mais registrou divórcios foi o Distrito Federal, com índice de
3,0%, seguido por Rondônia (2,6%) e Espírito Santo (2,4%). O estudo mostra
que a grande maioria das separações judicias foram obtidas com consenso
entre o casal (76,2%). As separações judiciais de natureza não consensual
foram, em 71,7% dos casos, requeridas pelas mulheres.
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