A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) começou esta semana a
distribuir para todas as corregedorias dos Estados o material de divulgação
da Campanha Nacional de Mobilização pela Certidão de Nascimento e
Documentação Básica 2009. O objetivo é estimular uma mobilização permanente
durante todo o ano, no intuito de evitar que crianças e adultos fiquem sem
registro. “Queremos que nos últimos meses deste ano seja feito um esforço
concentrado para garantir o acesso da população à certidão de nascimento”,
destacou o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Ricardo
Chimenti. Cartazes, folders, jingle para rádio e uma peça televisiva com o
jogador Ronaldo Nazário, o “Fenômeno”, como “garoto-propaganda” são alguns
dos materiais que compõe a Campanha.
A Campanha “Certidão de nascimento. Um direito que dá direitos. Um dever de
todo o Brasil” é resultado de uma parceria entre o CNJ e a Secretaria
Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. A idéia, com a
mobilização, é que cartórios de registro civil adotem medidas concretas que
incentivem e ampliem o acesso dos cidadãos à certidão de nascimento.
Ampliação do horário de atendimento, realização de mutirões, inclusive nos
finais de semana são algumas das ações propostas. “Os cartórios poderão
disponibilizar sua estrutura para atender a população em horários
diferenciados e inclusive se deslocar para atender as pessoas em locais
menos acessíveis”, enfatiza Chimenti. Uma das prioridades da Campanha deste
ano é atingir as populações da Amazônia Legal e Nordeste, onde a falta de
registro é mais preocupante.
O objetivo da campanha nacional é fazer com que agentes de saúde,
prefeituras, juízes e cartórios de registro façam um esforço conjunto no
intuito de fazer com que crianças e adultos sejam registrados. Atualmente, o
índice de sub-registro no Brasil (pessoas com mais de 15 meses de vida que
não possuem certidão de nascimento) é de 12,2%. “No entanto, existem regiões
no Norte do país, em que essa taxa chega a 40%”, ressalta Chimenti. Por isso
a necessidade de se fazer um esforço concentrado para reduzir esse índice, e
se possível, chegar a níveis inferiores ao recomendado pela Organização das
Nações Unidas (ONU), que é de 5%, segundo explica o juiz.
Para efetivar o registro e tirar a certidão de nascimento, basta procurar um
cartório de registro civil. O documento é gratuito e fundamental para ter
acesso aos programas do governo e outros direitos básicos, como o acesso a
serviços de saúde e educação. Além disso, sem o documento, pessoas adultas
ficam impedidas de tirar a carteira de identidade, o CPF e outros
documentos.
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