Brasília - A partir do próximo dia 30, todas as empresas com mais de
dez funcionários terão de usar certificação digital do Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação (ITI) para realizar operações com a Caixa Econômica
Federal, via internet, relacionadas com o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) e com o repasse de informações à Previdência Social.
A Caixa informa que a alteração decorre da necessidade de adaptação do
programa de Conectividade Social (CS) às determinações da Medida Provisória
2.200/2001, que rege a validade jurídica de documentos eletrônicos. Destaca
também que o uso da Infraestrutura de Chaves Públicas (ICP-Brasil) da ITI
facilita a conectividade e a torna mais segura.
De acordo com dados da Caixa, mais de 3 milhões de empresas usam o
Conectividade Social todos os meses para informações relacionadas ao FGTS e
à Previdência Social. Em torno de 1,6 milhão dessas empresas já está
registrado pelo padrão ICP-Brasil.
Atualmente, 35,5 milhões de trabalhadores recebem depósitos mensais em
contas vinculadas ao FGTS, que conta com ativo de mais de R$ 300 bilhões.
Essa movimentação possibilita saques de aproximadamente 2,5 milhões de
empregados por mês, o que exige modernização do sistema e toda a segurança
possível, nos termos da Circular nº 566 da CEF.
Torna-se necessário, portanto, que as empresas migrem para a nova versão do
ICP-Brasil, uma vez que a certificação digital será obrigatória para o
recolhimento do FGTS e para o envio de informações sobre FGTS e Previdência
Social. O novo mecanismo de segurança permite também consultar saldos do
FGTS, informar desligamento de trabalhadores, retificar informações, emitir
procuração eletrônica e acessar o sistema da Caixa PIS/Empresa, entre outras
funções.
Segundo Júlio Cosentino, vice-presidente da Certisign, empresa especializada
no desenvolvimento de soluções de certificação digital, o processo para
aquisição do ICP-Brasil é simples e online. Necessita de presença pessoal
apenas para a validação da chave de segurança. Com essa mudança, diz ele, "a
empresa ganha na redução de tempo e de gastos operacionais, além de garantir
segurança jurídica dos dados que transitarem virtualmente no sistema
operacional da Caixa".
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