Brasília (DF) - A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais
(Arpen-Brasil) esteve reunida na manhã desta quarta-feira (29.10) na sede do
Conselho Nacional da Justiça (CNJ), em Brasília-DF, para debater temas
importantes do Registro Civil, entre eles a padronização da normatização da
Lei 11.789/08 em todo o território nacional, os preparativos para a Semana
Nacional do Registro Civil, a instituição dos Fundos do Registro Civil nos
Estados onde eles ainda não existem, além de situações específicas que vem
dificultando a manutenção do registro civil em estados como o Piauí, Rio
Grande do Sul e Amazonas.
A reunião contou com a presença do juiz auxiliar da Corregedoria Nacional da
Justiça, Dr. Ricardo Cunha Chimenti, que coordenará os trabalhos envolvendo
o Registro Civil no Conselho, do presidente da Arpen-Brasil, Oscar Paes de
Almeida Filho, do vice-presidente da Arpen-Brasil e presidente do Recivil-MG,
Paulo Risso, do Procurador especial para assuntos nacionais, José Emygdio de
Carvalho Filho, da registradora do Amazonas, Juliana Follmer, e do tabelião
de protesto, Reinaldo Velloso dos Santos.
Os preparativos em todo o Brasil para a Semana Nacional do Registro Civil
foram o tema inicial da conversa, com a Diretoria da Arpen-Brasil mostrando
um panorama das ações de cada entidade estadual no sentido de auxiliar a
campanha instituída pelo CNJ para a semana dos dias 17 a 21 de novembro. Em
seguida, foi detalhado o projeto do Sistema de Identificação do Registro
Civil (SIRC), cujo projeto encontra-se em fase avançada de conclusão.
A normatização da Lei 11.789/08 pela Corregedoria Geral da Justiça do Estado
de São Paulo, e a Ata de reunião da Vara de Registros Públicos, Ministério
Público e Registradores Civis do Distrito Federal, que normatizou no DF a
Lei 11.789 foram levadas ao CNJ, que estudará a edição de uma Resolução
Nacional, que tenha como objetivo padronizar o entendimento e a aplicação da
Lei em todo o território nacional.
A questão da sustentabilidade do Registro Civil das Pessoas Naturais nos
Estados que ainda não possuem Fundos de Ressarcimento implementados foi
outro tema da pauta de reunião. O presidente da Arpen-Brasil, Oscar Paes de
Almeida Filho, e o vice-presidente da entidade nacional, Paulo Risso,
apresentaram os resultados implantados em São Paulo e Minas Gerais com a
criação dos respectivos fundos: prestação de serviços gratuitos,
modernização e informatização dos cartórios, campanhas de cidadania,
investimento em capacitação de funcionários, entre outros avanços,
permitidos somente com a implantação dos fundos nestes estados.
Em seguida, apresentou-se ao juiz auxiliar do CNJ a não criação dos Fundos
de Sustentabilidade em determinados estados da Federação, que impedem que os
cartórios de Registro Civil atuem de forma eficiente e modernizada, bem como
a situação peculiar de estados que possuem fundos criados, Piauí, Sergipe e
Rio Grande do Sul, e acumulando depósitos, mas seus recursos não são
liberados para o ressarcimento dos atos gratuitos. A situação peculiar do
Estado do Amazonas, que possui o maior índice de crianças sem registro de
nascimento, também foi apresentada, onde existe a acumulação dos serviços
extrajudiciais pelo escrivão judicial.
"São situações bastante sérias e que serão estudadas pelo Conselho Nacional
da Justiça, que está focado na questão da erradicação do sub-registro e da
sustentabilidade das serventias de registro civil", afirmou Chimenti.
"Preciso de um relatório minucioso destas situações nos Tribunais com
relação à criação do Fundo, pois o Conselho está realizado inspeções nos
Tribunais Estaduais (já foram feitas na Bahia e no Maranhão) e de posse
destas informações, verificaremos o que vem ocorrendo para a não implantação
dos fundos estaduais. O CNJ é o fórum adequado para a resolução destes
problemas. Me tragam este relatório minucioso que daremos andamento a este
pleito aqui no Conselho", completou o juiz.
A Arpen-Brasil encaminhará a cada representante estadual do Registro Civil
um questionário sobre a situação do Registro Civil em seu respectivo estado.
Este questionário será transformado em um material a ser levado à
Corregedoria Nacional da Justiça (CNJ).
Fonte : Assessoria de Imprensa
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