A Comissão de Direitos Humanos e Minorias aprovou na quarta-feira (30)
projeto que permite aos afrodescendentes e indígenas inserir em suas
identidades sobrenomes de origem africana ou indígena, sejam eles familiares
ou não.
A proposta altera a Lei de Registros Públicos (6.015/73), que possibilita a
mudança de nome aos maiores de 18 anos.
O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo deputado Márcio Marinho
(PRB-BA) ao
Projeto de Lei 803/11, dos deputados petistas Nelson Pellegrino (BA),
Edson Santos (RJ) e Luiz Alberto (BA), que originalmente beneficiava apenas
os afrodescendentes.
“A regra deve também permitir ao índio o acréscimo de nome de ancestrais, a
fim de resguardar sua identidade cultural e familiar, guardando simetria com
o tratamento dispensado aos afrodescendentes”, justificou Marinho.
O substitutivo de Márcio Marinho também deixa claro que o sobrenome
afrodescendente ou indígena será acrescentado ao nome, uma vez que os
apelidos de família não podem ser prejudicados. Além disso, o registro civil
poderá ser alterado em qualquer tempo, independentemente da maioridade
civil.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
PL-803/2011
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