Para reduzir a espera dos pacientes que necessitam de perícia médica
enquanto estão afastados de seus postos de trabalho, o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) começa a implantar, em todo o Brasil, o atestado médico
eletrônico. Com isso, o trabalhador impossibilitado de cumprir suas funções
por motivo de doença, no período de até 60 dias, para homologar a concessão
do benefício do seguro social não terá a necessidade de passar pela perícia
médica. Segundo o INSS, espera-se uma mudança de prioridades e o
direcionamento da força de trabalho para outras atividades.
De acordo a Assessoria de Imprensa do INSS, o segurado vai ao médico
assistente, que pode ser da rede particular ou pública, e este profissional
diagnostica normalmente a doença. Se achar que a saúde do paciente será
recuperada em mais de 16 e menos de 60 dias, o médico entra no site da
Previdência Social (www5.dataprev.gov.br/PortalSibeInternet/faces/pages/atestado/autenticacao.xhtml),
autentica o atestado eletrônico, com uso da certificação digital ICP-Brasil,
e emite as informações ao INSS. Com esse procedimento, o benefício será
concedido automaticamente e o segurado não precisará agendar uma perícia
médica e nem ir a uma Agência da Previdência Social.
"O objetivo é tornar o sistema mais ágil e evitar a demora na marcação das
perícias. O auxílio doença será fornecido sem perícia médica apenas aos
segurados obrigatórios, como o empregado, o contribuinte individual, o
doméstico e o avulso. Empregados afastados por acidente de trabalho
continuam obrigados a passar pela perícia”, informou a Assessoria. Com a
utilização dos certificados digitais da ICP-Brasil, serão evitadas as
fraudes mais comuns como a falsificação de atestado e período de
afastamento, uma vez que o próprio médico é quem irá informar,
eletronicamente, a quantidade de dias em que o empregado deve permanecer
fora do posto de trabalho e o CID, código internacional utilizado para
classificar os diversos tipos de doenças. |