O
presidente do Recivil, Paulo Risso, e o supervisor geral de Tecnologia da
Informação, Jader Pedrosa, participaram da reunião, realizada no dia 11 de
novembro, na sede da Corregedoria-Geral de Justiça de Minas Gerais, para
apresentação do projeto de implantação do selo digital nas serventias
extrajudiciais do Estado.
Antes do início da exposição, os juizes Auxiliares da Corregedoria para os
Serviços Notariais e de Registro, Leopoldo Mameluque e Gilson Soares Leme,
enfatizaram o compromisso da entidade em ser transparente com as entidades
representativas e com os notários e registradores. “Antes da apresentação
deste projeto conhecemos o selo digital implantado em diversos estados.
Estamos aqui para saber de vocês o que podemos melhorar”, afirmou Mameluque.
(esq. para dir.) O juiz auxiliar
Leopoldo Mameluque, o corregedora-geral de Justiça,
desembargador Antônio Marcos Alvim Soares e o juiz auxiliar Gilson Soares
Leme
O
selo digital é uma sequência de caracteres alfanuméricos gerados por um
sistema e que pode ser adicionado em etiqueta ou mesmo no próprio documento.
A diretora de informática do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Ana Maria
Dias Ignácio, falou, primeiramente, das vantagens do selo digital, como a
possibilidade de implantação em qualquer ato, uma vez que não possui um tipo
pré-definido; a consulta de autenticidade do documento pelo cidadão; a
redução do extravio, furto e danificação; a possibilidade de ser solicitado
a qualquer momento; além de não ter problemas com o armazenamento e com a
deterioração pelo tempo. “Outra grande vantagem é que os dados de um selo só
terão validade no documento onde o selo for utilizado”, disse.
Em seguida, Ana Maria apresentou passo a passo como será feita a solicitação
e geração do selo digital. “O cartório vai acessar uma área restrita no site
do TJMG e fazer a solicitação do selo. Este acesso será feito via
certificado digital para dar mais segurança e certificar de que é mesmo
aquele cartório que está fazendo o pedido. O TJMG irá gerar o lote de selos
e disponibilizá-lo para a serventia, que já poderá utilizar os selos”,
explicou.
A diretora de informática do Tribunal
de Justiça de Minas Gerais apresentou
o projeto de implantação do selo digital no estado
Os sistemas utilizados pelos cartórios terão que se adaptar aos requisitos
que o selo eletrônico irá exigir. Os Oficiais ainda poderão utilizar o
sistema que será disponibilizado pelo TJMG, gratuitamente, para solicitação
e geração do selo digital.
O supervisor do Recivil informou que o sistema disponibilizado aos
registradores civis pelo Sindicato, o Cartosoft, terá todas as adaptações
necessárias, “já que fizemos uma versão do Cartosoft especialmente para o
Espírito Santo justamente para atender a necessidade de implantação do selo
digital no estado, de acordo com as exigências da Corregedoria”, informou
Jader Pedrosa.
Ana Maria explicou ainda que após o cartório utilizar o selo em um
determinado ato, as informações relacionadas àquele selo deverão ser
enviadas ao Tribunal de Justiça, para que sejam disponibilizadas para
consulta pelo cidadão. “O cidadão poderá acessar o site do TJMG e verificar
a validade do selo, qual o cartório onde o selo foi gerado, e outras
informações do ato praticado”, disse. Quanto aos emolumentos, a intenção do
Tribunal de Justiça é que as serventias possam gerar, automaticamente
através do site do TJMG, a DAP e a DAE.
Antes da implantação do selo digital em todo o estado, um projeto piloto
será feito em alguns cartórios de imóveis, com previsão de início para abril
de 2012. “A implantação do selo digital vai implicar em uma modernização dos
serviços dos cartórios e num futuro termos a implantação do pedido
eletrônico de certidões”, ressaltou o juiz Auxiliar da Corregedoria,
Leopoldo Mameluque.
Uma nova reunião para debater a
implantação do selo digital em Minas Gerais
será realizada em janeiro de 2012
A
CGJ-MG pré-agendou uma reunião para janeiro de 2012 com os representantes da
área de Tecnologia da Informação das entidades de classe, como o Recivil,
Serjus/Anoreg-MG e Sinoreg-MG, para que possam conhecer mais o projeto e
enviar sugestões.
Também participaram da reunião o presidente da Serjus/Anoreg-MG, Roberto
Andrade; a presidente do Sinoreg-MG, Darlene Triginelli; a presidente do
IRTDPJ Minas, Vanuza Arruda; a presidente do Colégio Notarial de Minas
Gerais, Walquíria Mara Graciano Machado Rabelo; a vice-presidente do Colégio
Notarial de Minas Gerais, Yara Maria Cabral Sarmento; e o coordenador do
Núcleo Central de Inovação e Modernização Institucional da Secretaria de
Planejamento e Gestão, Cristhian Maduro.
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